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Civil e MPRJ prendem 10 em operação contra milícia de Mesquita que controla transporte alternativo

Grupo criminoso, liderado por 'Zebu', recolhe taxa de cooperativas para autorizar funcionamento nos bairros daquele município

Por Portal Eu, Rio! em 01/06/2021 às 10:18:41

Foto: Divulgação Polícia Civil

O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO/MPRJ), com apoio da Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI/MPRJ), e em parceria com a Polícia Civil, através da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas e Inquéritos Especiais (DRACO-IE) e com a Corregedoria da Polícia Militar (CIPMERJ) realiza, nesta terça-feira (01), a operação "Direção Perigosa", para cumprir 13 mandados de prisão preventiva e 22 de busca e apreensão contra oito pessoas denunciadas pelo crime de constituição de milícia privada, sendo dois deles policiais militares; e em face de outros cinco policiais militares que foram denunciados pelos crimes de corrupção e concussão. Os mandados foram expedidos pelo Juízo da Vara Criminal de Mesquita e pelo Juízo da Auditoria Militar. Dez integrantes do grupo criminoso foram detidos.

Além dos mandados de prisão e busca e apreensão, foi determinada ainda pelo Juízo da Auditoria Militar a suspensão do exercício da função pelos policiais militares denunciados.

O grupo criminoso, constituído sob a forma de milícia e liderado pelo policial militar Márcio Lima da Cunha, conhecido como "Zebu", ex-candidato a vereador no município, que controlava três cooperativas de transporte alternativo situadas nos bairros Jacutinga, Santo Elias, Vila Emil, no município de Mesquita. O controle sobre as referidas cooperativas era exercido através do recolhimento de taxa dos motoristas integrantes das mesmas, para que pudessem circular livremente pelos bairros de Mesquita.


Policial militar Márcio Lima da Cunha, conhecido como "Zebu", ex-candidato a vereador em Mesquita, que controlava três cooperativas de transporte alternativo naquele município. Foto: Divulgação Polícia Civil

Além disso, as investigações realizadas pela CSI /MPRJ, revelaram que o grupo criminoso efetuava pagamento regular de propina a policiais militares, de forma que os integrantes das referidas cooperativas não sofressem qualquer tipo fiscalização pelos agentes da lei sobre a regularidade da atividade. Dois destes policiais não só recebiam a propina paga pelo grupo criminoso, como também o integravam, executando ordens emanadas diretamente dos líderes da malta, com o intuito de garantir o domínio do grupo sob o território.

A milícia atuava de forma setorizada, com objetivo de auferir vantagens, tanto patrimoniais, como de domínio do território e imposição de força, mediante a prática de crimes como extorsão e corrupção ativa, dentre outros previstos no Código Penal.

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