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Bolsonaro aceita Copa América, mas negociação de sedes cabe à Conmebol

Evento, que teve direitos adquiridos pelo SBT, depende agora de acordo com estados. Claudio Castro e Eduardo Paes se reúnem para decidir se Maracanã pode ser cedido

Por Portal Eu, Rio! em 01/06/2021 às 17:00:33

Jair Bolsonaro considera o martelo batido, e se dispõe a receber a CopaAmérica, mas deixou por conta da CBF e da Conmebol a tarefa de convencer os governos estaduais a sediarem a competição,em meio à

O governo federal deve anunciar nesta terça-feira (1º/6) a decisão sobre sediar a Copa América no Brasil. De acordo com o ministro-chefe da Casa Civil, Luiz Eduardo Ramos, a iniciativa de receber o torneio não foi do governo. Consultado sobre a possibilidade de isso ocorrer, o Presidente Jair Bolsonaro disse, nesta terça-feira (1), que deu sinal verde depois de consultar ministros.

“Fui procurado pela CBF [Confederação Brasileira de Futebol] com a informação de que a Argentina não iria mais sediar a Copa América, e perguntaram se o Brasil poderia sediá-la. A primeira resposta foi 'a princípio, sim'. Conversei com ministros [de pastas] que poderiam estar envolvidos no evento, e eles foram unânimes. Todos deram sinal positivo”, disse o presidente em cerimônia no Palácio do Planalto, destinada à assinatura de contratos de patrocínio com outras confederações esportivas.

Bolsonaro acrescentou: “Considero este um assunto encerrado. Todos os meus ministros são favoráveis à Copa América no Brasil, com os mesmos protocolos das Eliminatórias [da Copa do Mundo] e da Libertadores das Américas. Caso encerrado”.

Na avaliação do presidente, as críticas à realização do evento no Brasil partem de emissoras que não detêm os direitos de transmissão dos jogos. Bolsonaro disse que não vê problema na realização de eventos futebolísticos, caso os times sigam os protocolos, e criticou os veículos midiáticos que, para ele, exageram nas afirmações de que a realização das partidas poderia piorar a situação pandêmica no país.

“Quando dei sinal verde houve quase uma hecatombe no meio jornalístico, de que estaríamos importando numa nova cepa [do vírus]", disse. A Copa América está prevista para ser realizada entre 13 de junho e 10 de julho.

Ouça no podcast do Eu, Rio! (eurio.com.br) a reportagem da Rádio Nacional sobre a negociação da Conmebol e do governo para sediar a Copa América no Brasil.

Cogitados para sediar a fase de grupos, Pernambuco, Minas Gerais, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul e Bahia, por meio dos respectivos governos estaduais, rejeitaram a oferta. O governo de Mato Grosso se ofereceu, e São Paulo informou que aceita, caso os protocolos sanitários do Estado sejam seguidos. No caso do Rio de Janeiro, o governador Claudio Castro e o prefeito da capital fluminense, Eduardo Paes, anunciaram uma reunião para avaliar as condições de receber o evento.

Informações oficiosas, que circularam em Brasília em meios políticos e esportivos por pessoas com acesso ao Planalto, davam conta que o governo pretendia sediar as fases de grupos em Brasília, local da abertura, e Manaus, local onde se desenvolveu a variante brasileira, mais contagiosa e hoje predominante nos casos testados em todo o País. As semifinais e a final seriam no Maracanã, para facilitar a repercussão internacional e o retorno turístico.

O secretário nacional do Esporte, Marcelo Magalhães, informou que a Conmebol, Confederação Sul-Americana de Futebol, que organiza a Copa América, ainda precisa negociar com cada governador e prefeito. Bolsonaro atribuiu a responsabilidade da negociação com os governos de Estado à Confederação Brasileira, mas chegou a anunciar em uma entrevista rápida que os protocolos sanitários seriam os mesmos da Libertadores e da Sul-Americana.

A Copa América deste ano seria realizada em duas sedes: Argentina e Colômbia. A Colômbia foi a primeira a cancelar devido ao crescimento das manifestações populares contra o governo. E a Argentina desistiu de receber a competição, como medida para conter a pandemia de covid-19.

A possibilidade de realização da Copa América no Brasil também foi discutida hoje (1º/6) na reunião de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia do Senado Federal. O relator do colegiado, senador Renan Calheiros (MDB-AL), fez um apelo ao jogador Neymar, da seleção brasileira, para que ele se posicione de forma contrária à realização da competição no Brasil.

“Não é esse o campeonato que nós precisamos agora disputar. Nós precisamos disputar o campeonato da vacinação. É esse campeonato, Neymar, que nós precisamos disputar, ganhar, e você precisa marcar gols para que esse placar seja alterado”, ressaltou logo no inicio da reunião de hoje dedicada a ouvir a médica oncologista e imunologista Nise Yamaguchi.

Por Portal Eu, Rio!

Fonte: Com Agência Brasil e Radioagência Nacional

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