TOPO - PRINCIPAL DOE SANGUE - 1190X148

Rio rola R$ 35 bi com novo Regime de Recuperação Fiscal

Tesouro dá seis meses ao Estado para planejar com medidas de corte de gastos, como idade mínima para aposentadoria

Por Portal Eu, Rio! em 05/06/2021 às 15:11:03

Rolagem da dívida com a União e cortes de gastos visam a evitar atrasos de salários a profissionais de serviços essenciais, como a Saúde. Foto: Agência Brasil

O Rio de Janeiro é o primeiro estado a aderir ao novo Regime de Recuperação Fiscal (RRF). A Secretaria do Tesouro Nacional (STN) aceitou, nesta sexta-feira (04/06), o pedido feito pelo governo fluminense. A partir de agora, o Rio tem até seis meses para apresentar um Plano de Recuperação Fiscal, que vai incluir uma série de medidas estruturantes. O plano terá a duração de dez anos. Nos primeiros três anos, desembolso para ressarcir a União cai de R$ 44 bilhões para R$ 9 bilhões.

De imediato, o estado deixará de pagar, nos primeiros 12 meses, as dívidas com a União e garantidas pelo governo federal. Nos nove anos seguintes, as parcelas vão sendo retomadas gradativamente até o retorno do valor integral no fim do plano. O período total para o pagamento da dívida será de 30 anos, ou seja, até 2051. O objetivo, além de cumprir as exigências do novo RRF, é desenvolver soluções sustentáveis a longo prazo.

Ouça no podcast do Eu, Rio! (eurio.com.br) a reportagem da Rádio Nacional sobre a rolagem da dívida do Estado do Rio com a União e o Plano de Recuperação Fiscal em preparação pelo Governo fluminense.

Entre as reformas previstas no novo Regime e que o Estado do Rio terá que fazer, estão a Administrativa e a Previdenciária. O Estado já saiu na frente na área previdenciária ao criar, em 2013, a RJPrev, fundação de previdência complementar. Além disso, em 2017, a alíquota de contribuição foi reajustada de 11% para 14%. Entre as medidas em análise pela equipe econômica para esse setor estão a implantação da idade mínima e do tempo de contribuição para a aposentadoria.

- O novo Regime concede ao estado tempo para reestruturar as suas finanças sem deixar de prestar os serviços públicos e fazer investimentos - analisa o governador Cláudio Castro.

O novo Regime exige ainda a extinção do adicional remuneratório por tempo de serviço – o chamado triênio – para todos os servidores, mantendo o direito adquirido para quem já recebe. Outros estudos estão em andamento para que o pagamento da dívida aconteça, levando em conta também a possibilidade do uso de ativos do governo como uma das formas de honrar os compromissos. Outro ponto destacado pelo secretário de Estado de Fazenda, Nelson Rocha, é o de não conceder novos incentivos fiscais, sem que sejam aprovados pelo Confaz.

- Caso isso venha a acontecer no futuro, estes benefícios terão que passar pela aprovação do conselho que supervisiona o RRF e da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) - destaca Rocha. Ainda segundo o secretário de Fazenda, o valor que o estado terá que pagar de dívida nos próximos três anos cai de R$ 44 bilhões para R$ 9 bilhões na comparação entre o antigo e o novo Regime de Recuperação Fiscal.

Números do estado

- Arrecadação bruta

2020 (realizado): R$ 86,52 bilhões

2021 (previsão): R$ 87,64 bilhões

2021 (realizado até abril): R$ 31,57 bilhões

- Dívida do Estado: R$ 172 bilhões

- Receita Corrente Líquida 2020: R$ 59.498.087.016,55

- O que se pagou de serviço da dívida: R$ 1,27 bilhão de setembro de 2020 a abril de 2021, quando o STF suspendeu o pagamento da dívida do Rio de Janeiro com a União até a entrada do Estado no novo RRF.

- Estimativa de déficit financeiro primário para 2021: R$ 3 bilhões

- Valor que o estado terá que pagar até 2023 dentro do novo RRF: R$ 9 bilhões

Por Portal Eu, Rio!

Fonte: Governo do Estado do Rio de Janeiro

POSIÇÃO 3 - DENGUE1190X148POSIÇÃO 3 - DENGUE 1190X148
Saiba como criar um Portal de Notícias Administrável com Hotfix Press.