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Distúrbios hormonais podem impedir alcance do corpo ideal

Endocrinologista explica os fatores que dificultam o emagrecimento e o ganho de massa muscular

Por Portal Eu, Rio! em 26/06/2021 às 16:16:54

Foto: Divulgação

Não é segredo para ninguém: cuidar da alimentação e praticar atividade física regularmente são quesitos básicos para manter boa saúde. Mas, quando o foco está no emagrecimento ou na hipertrofia, o ganho de músculos, há de se observar outros aspectos que podem influenciar no processo. Os distúrbios hormonais são os principais motivos que levam muitos projetos ao fracasso.

O médico endocrinologista e metabologista Rafael Fantin diz que a dificuldade de muitas pessoas está além das dimensões clínicas. “Antes de mais nada, é preciso organização. Definir uma rotina ajuda a aumentar o foco e a performance física e mental. Estipular um horário para dormir, para trabalhar, para fazer as refeições, se exercitar e relaxar. Eu sempre digo que você tem que ser feliz para atingir o seu objetivo, e não atingir o objetivo para ser feliz”, pontua o especialista, que destaca o estresse e a má qualidade do sono como algumas das principais razões que atrapalham a busca pelos resultados esperados.

Rafael também é especialista em medicina do exercício e do esporte e fala das angústias de seus pacientes que vivem travando batalhas com a balança. Alguns querem perder peso e gordura, outros querem aumentar o volume muscular. Seja qual for o objetivo, o padrão hormonal precisa estar ajustado para fazer a dieta e os exercícios valerem a pena.

“Dentro da endocrinologia nós avaliamos a composição corporal de cada indivíduo e tratamos os distúrbios para gerar qualidade de vida. No entanto, aliado à medicina do esporte, é possível direcionar os tratamentos para acelerar o processo, seja do emagrecimento ou da hipertrofia”, explica o médico.


Endocrinologista Rafael Fantin: "É preciso organização"

Diabetes, menopausa, síndrome do ovário policístico, distúrbios reprodutivos, disfunções sexuais, alterações da tireoide, menstruação, cortisol, colesterol entre tantos outros são problemas que praticamente todas as pessoas são passíveis de desenvolver e, portanto, disfunções hormonais não devem ser tratadas com despreocupação. “Muitas vezes, o paciente tem sintomas que para ele não tem importância, mas, à medida que vamos questionando, descobrimos informações importantes para um diagnóstico preciso e um tratamento assertivo”, conta Rafael.

Corpo Ideal

“A busca do corpo ideal é muito relativa. O que é ideal para você? Temos que respeitar o desejo de cada um. Não é preciso ser magro ou forte para ser feliz!”, destaca o endocrinologista. Mas ele dá dicas para quem está em busca da boa forma.

Se emagrecer é o que se busca, é preciso um déficit calórico. Ou seja, uma dieta rica em fibras e proteínas e pobre em carboidratos e gorduras. “Neste caso, a prática do exercício físico é mais interessante para estimular os hormônios do prazer, fortalecer e impedir a redução da musculatura e melhorar a atividade cardiovascular do que, propriamente, para emagrecer. Os quilos a menos se conquistam através de dieta direcionada e personalizada. Daí, a importância do acompanhamento nutricional”, frisa.

E se mesmo assim estiver difícil de ganhar essa luta? O médico explica que são vários os motivos que podem dificultar esse processo. O mais comum é o hipotireoidismo, mas outros hormônios e até mesmo a falta de vitaminas e sais minerais comprometem a perda de peso. “Não existe fórmula mágica. Cada pessoa tem um organismo próprio e precisamos conhecê-lo para poder indicar o melhor caminho para chegar mais rápido onde se quer”, observa.

Já no caso da hipertrofia, a alteração da testosterona é o que geralmente impede o ganho de massa muscular nos homens e também nas mulheres, que podem ser afetadas ainda pelos maus níveis de prolactina, cortisol e hormônios da tireoide. Portanto, não adianta levantar quilos e quilos se por dentro o corpo estiver fraco.

“Eu costumo dizer que a hipertrofia é um trabalho de construção que necessita de tijolo, argamassa e pedreiro. O tijolo é a alimentação, a argamassa são os hormônios e o pedreiro é a atividade física”, ilustra o especialista. Tudo tem que estar funcionando plenamente ou acontecerá justamente o contrário do que se deseja. “Quando se tem uma deficiência hormonal, você acaba ganhando gordura. Porque aquilo que não vira músculo, inevitavelmente vira gordura”, alerta.

Segundo o médico, o suporte interdisciplinar é a chave para se conquistar saúde, bem-estar e satisfação com o corpo. Endocrinologia, medicina do esporte, educação física e nutrição são as ciências da transformação do estilo de vida.


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