Nesta quarta-feira (30), os vereadores da Câmara do Rio de Janeiro decidiram cassar o mandato do Dr. Jairinho, que está preso e é acusado de envolvimento na morte do seu enteado, o menino Henry Borel, de apenas 4 anos. A votação em plenário foi unânime e 49 vereadores votaram pela cassação. Com isso, Jairinho é o primeiro vereador na história da Câmara do Rio a ter o mandato cassado.
Ainda durante a sessão, os políticos que discursaram alertaram para o depoimento de um executivo da área de saúde que afirmou que Jairinho havia tentado evitar que o corpo de Henry fosse levado ao Instituto Médico Legal (IML). Para eles, tal atitude poderia ser configurada como tráfico de influência.
O ex-vereador se defendeu por escrito. Em sua defesa, Jairinho afirmou que era um pai carinhoso, presente e amado pelos filhos e por todos os membros da família, até por Henry. Ele ainda foi descrito como uma pessoa caridosa e carismática, cheio de amigos na Câmara de Vereadores. A defesa do político também argumentou que o processo criminal não transitou em julgado. Desse modo, Jairinho não deveria ser enquadrado por quebra de decoro.
Dr. Jairinho e a mãe de Henry, Monique Medeiros, continuam presos. Desde o dia 8 de abril, eles foram encarcerados e são acusados da morte do garoto, que ocorreu no dia 8 de março deste ano.
A reportagem do Portal Eu,Rio! falou com o pai de Henry, Leniel Borel, para saber se ele gostaria de comentar sobre a decisão da Câmara. Ele declarou: "a polícia e a política fizeram sua parte. Agora falta a justiça".