Onze ferros-velhos foram alvos hoje (01) de mandados de busca e apreensão em uma operação conjunta da Polícia Civil, da Polícia Militar, da Guarda Municipal, da Subprefeitura da Grande Tijuca e da Secretaria de Ordem Pública (SEOP).
As investigações foram coordenadas pelo delegado Gabriel Ferrando (19ª DP), pelo Secretário de Ordem Pública Breno Carnevale, pelo Cristiano do Vale (20ª DP) e Renato dos Santos (25ª DP), com apoio do 6º Batalhão de Polícia Militar. As ações também contaram com o apoio da Light, da Conservação, da Comlurb e da empresa de telefonia Oi.
O 6º batalhão da Polícia Militar do Andaraí deu apoio à Polícia Civil no cumprimento às buscas em um ferro-velho situado na Radial Oeste, no Maracanã, a cerca de 500 metros de onde dois flagrantes de furto de fiação elétrica foram feitos hoje pela manhã. Havia suspeita do local ser receptador de peças furtadas e foram encontrados no local bueiros, portões e cabeamento de telefonia. O dono do estabelecimento, Luiz Felipe Pereira Martins, de 40 anos, foi preso em flagrante por receptação qualificada. Todo o material ainda será periciado.
De acordo com o subprefeito da Grande Tijuca, Wagner Coe, que indicou os primeiros locais suspeitos a serem inspecionados, a Operação Sucata é extremamente importante para inibir a ação dos meliantes na região.
— As ações começaram hoje e já fechamos dois ferros-velhos na região da Mangueira. Estes furtos causam danos terríveis à população, que fica sem energia, sem telefonia, sem internet, sem sinal de trânsito e vulnerável a roubos. A operação visa justamente inibir a prática desses delitos e a ação dos infratores, agindo no cerne do problema para impedir o comércio ilegal, que ocorre dentro desses ferros-velhos, afirmou Wagner Coe.
Segundo as investigações realizadas pela 19ª DP (Tijuca), os 11 ferros-velhos estão envolvidos no esquema. Outros mandados de busca e apreensão já estão sendo cumpridos por bairros da Grande Tijuca e da Zona Norte do Rio.
— Nós sabemos que a cidade vem sendo atacada e saqueada de várias formas. A ideia é combater esses estabelecimentos que comercializam esses produtos desviados de logradouros públicos, de fiações. Este é um projeto-piloto em que várias instituições foram convocadas para que cada uma, dentro de sua atribuição, pudesse exercer a fiscalização e constatar irregularidades, afirmou o delegado Gabriel Ferrando, da 19ª DP (Tijuca).
Há ainda suspeita e indícios, segundo os investigadores, de que os cabos pudessem estar sendo queimados no local para retirada dos fios de cobre. O proprietário preso em flagrante negou que fossem produtos roubados, mas a prefeitura reconheceu que as tampas de bueiros são bens públicos e a equipe da Comlurb recolheu o material.
No ferro-velho da avenida Radial Oeste, a Secretaria de Ordem Pública não encontrou o alvará de funcionamento.
— Esse estabelecimento não possui autorização para funcionar. Já identificamos, de forma preliminar, a subtração de água e de luz, além de produtos que pertencem, preliminarmente, em tese, à Light, como cabos, e também bueiros de via pública, afirmou o secretário Breno Carnevale, da SEOP.
Durante a operação alvarás de funcionamento foram inspecionados. Os materiais encontrados nos locais, como carcaças, capotarias e peças metálicas, serão analisados.