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Inteligência da PM prende no Borel foragido da Shark Attack

Operação de dezembro passado, no rastro de notas cheirando a maconha, capturou 12 pessoas por lavagem de dinheiro do tráfico no Rio e mais dois estados

Por Portal Eu, Rio! em 06/07/2021 às 21:21:03

João Victor era um dos alvos da operação SHARK ATACK, realizada em dezembro de 2020, que visava combater lavagem de dinheiro do tráfico de drogas. Foto: Portal dos Procurados

Policiais Militares da Superintendência de Inteligência e Análise - SIA, da Coordenadoria de Polícia Pacificadora/CPP, juntamente com o Núcleo de Inteligência da UPP BOREL através de Dados de Inteligência, e informações do Disque Denúncia (2253-1177), prenderam na manhã desta terça-feira (6/7), na localidade da Jaqueira, no Morro do Borel, Zona Norte do Rio, o foragido da Justiça, João Victor Nascimento dos Santos, de 34 anos.


João Victor era um dos alvos da operação SHARK ATACK, realizada em dezembro de 2020, que visava combater lavagem de dinheiro do tráfico de drogas nos estados de São Paulo, Mato Grosso do Sul e Rio de Janeiro. Contra ele havia dois mandados de prisão, expedidos pela 38ª Vara Criminal da Capital, pelo crime de Crimes de ""Lavagem"" ou Ocultação de Bens, Direitos ou Valores (Art. 1º - Lei 9.613/98).

A ocorrência foi conduzida para a 19ª DP – Tijuca -, onde foram tomadas as medidas cabíveis e cumprido os mandados de prisão, e o preso foi encaminhado para uma Unidade Prisional, onde ficará à Disposição da Justiça. Com essa prisão a SIA/CPP contabiliza 76 criminosos monitorados e presos e 17 armas aprendidas no ano de 2021.

A Operação Shark Attack, da qual João Victor Nascimento dos Santos escapou, visava a cumprir 29 mandados de prisão preventiva em quatro Estados: Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná e Mato Grosso do Sul. A operação capturou 12 pessoas, entre eles empresários que lavam dinheiro para o tráfico de drogas, especificamente para o Comando Vermelho. Em 2019, o esquema teria 'esquentado' mais de R$ 200 milhões.

A Shark Attack (ou Ataque de Tubarão, na tradução livre) tem o nome inspirado no apelido do traficante solicitante do depósito inicial, Jorge Lucindo da Silva, o Tubarão, do Morro do Borel, na Zona Norte do Rio. Na sexta-feira (18/12) as Polícias Civis dos Estados do Rio, São Paulo, Paraná e Mato Grosso do Sul realizaram esta operação conjunta Shark Attack, para prender os 29 denunciados pelo esquema ilegal.

Notas cheirando a mato queimado motivaram início das investigações, em maio de 2019

Operação Shark Attack ganhou esse nome por causa do apelido do traficante Jorge da Silva, o Tubarão, ligado ao Comando Vermelho
De acordo com a denúncia do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro, o grupo, ligado às facções criminosas Comando Vermelho e Terceiro Comando Puro, atua em quatro estados (Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná e Mato Grosso do Sul) e movimentou em suas contas valor superior a R$ 220 milhões, em operações atípicas e suspeitas, entre 2014 e 2019. O Juízo da 38ª Vara Criminal da Capital deferiu e expediu os mandados de prisão preventiva contra os denunciados.

A denúncia foi instruída por inquérito policial instaurado em janeiro de 2019 pela 19ª Delegacia de Polícia, na Tijuca. A partir de um depósito bancário realizado por um dos integrantes do esquema, as investigações apontaram o estabelecimento de uma organização criminosa destinada a branquear valores oriundos da atividade ilícita do tráfico de drogas, de forma a ocultar e dissimular a sua origem ilegal.

Um depósito de R$ 99 mil em espécie, em uma agência bancária na Zona Norte do Rio, chamou a atenção dos funcionários do banco, já que o dinheiro exalava forte cheiro de maconha. O incidente levou ao início das investigações, em janeiro de 2019. A Polícia Civil consultou o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) e indentificou o depositante. Na época, ele disse que o cheiro era de mofo e o dinheiro era para a compra de um carro. Foi solicitada a quebra do sigilo bancário de todos os titulares das contas relacionadas, até que os investigadores chegaram ao esquema criminoso.

“É um esquema extremamente sofisticado, que envolve empresas de fachada e outras reais. Os empresários são homens acima de qualquer suspeita, que moram em casas de luxo no interior de São Paulo ou em fazendas no Mato Grosso do Sul, bem distantes da guerra de facções das favelas do Rio de Janeiro”, relatou o então diretor-geral de Polícia do Rio, delegado Antenor Lopes.

Entre os principais alvos da ação, estava Nilson Oldair Arcari Espínola, ex-Prefeito de Nueva Toledo, no Paraguai, que vive no Mato Grosso do Sul. Todos os investigados foram denunciados pelo Ministério Público do Estado, e a ação conta com o apoio do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (GAECO/MPRJ). Na primeira fase da operação, deflagrada no ano passado, foram cumpridos mandados de prisão temporária e de busca e apreensão.

Foram identificados, em cada uma das fases das diligências, novos integrantes do grupo criminoso, tanto nas origens, locais de prática dos crimes antecedentes, quanto nos destinos, locais para os quais eram destinados os valores provenientes do tráfico. Por conta disso, o IP foi organizado em quatro núcleos, destinados às investigações no Rio, Ribeirão Preto, Curitiba e Mato Grosso do Sul.

No núcleo fluminense, foram identificados os depositantes do dinheiro do tráfico nas contas de pessoas jurídicas situadas em Curitiba e Ribeirão Preto. Estas pessoas têm em comum o fato de residirem em áreas próximas ou no interior de comunidades dominadas por facções criminosas ou, ainda, terem passagens anteriores ou ligações familiares com pessoas ligadas à tal atividade ilícita, além de serem de confiança dos chefes, participando ativamente de atos de lavagem de capitais auferidos com o crime.

Na outra ponta, compondo empresas de fachada ou as dirigindo informalmente, em outros estados da federação, foram identificados os integrantes da organização criminosa propriamente dita, composta pelos polos CHEFIA, SOCIETÁRIO e LARANJA, posando alguns como empresários ou fazendeiros bem sucedidos, ignorando, por completo, as mazelas causadas à sociedade fluminense com suas atividades ilícitas, havendo entre eles, inclusive, um ex-prefeito de um distrito paraguaio (Nueva Toledo – Caaguazú).

Com relação às empresas identificadas a partir do primeiro depósito, percebeu-se que suas contas eram utilizadas para destinar valores muito superiores às capacidades econômicas dos depositantes, restando claro que o faziam em favor de terceiros, notadamente integrantes da cúpula das facções criminosas Comando Vermelho e Terceiro Comando Puro, que atuam no Estado do Rio.

Foi requerido na denúncia, ainda, a fixação do valor mínimo para a indenização em favor do estado do Rio de Janeiro no montante de R$ 1.165.570,00, correspondente ao total dos depósitos mencionados na inicial, realizados em agências de instituições financeiras localizadas na cidade do Rio de Janeiro, além de outras medidas cautelares, de modo a desapossar os denunciados dos valores, direitos e bens que sejam instrumento, produto ou proveito dos crimes de lavagem ou das infrações penais antecedentes.

O Disque Denúncia recebe informações sobre a localização de foragidos da Justiça, nos seguintes canais de atendimento:

Zap do Portal dos Procurados: (21) 98849-6099

(21) 2253 1177 ou 0300-253-1177

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O Anonimato é Garantido.

Fonte: Disque Denúncia, Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro

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