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Operação para desarticular milícias que atuam em SG e Maricá já tem 15 presos

No total, são 52 mandados de busca e apreensão e 23 de prisão preventiva

Por Mario Hugo Monken em 24/09/2018 às 11:44:03

Pelo menos 15 pessoas já foram presas em uma operação conjunta do Ministério Público Estadual e da Polícia Civil nesta segunda-feira (24) para desarticular milícias que atuam nos municípios de São Gonçalo e Maricá. A ação, batizada de Operações Gerais, é para cumprimento de 52 mandados de busca e apreensão e 23 de prisão preventiva contra milicianos. O objetivo da operação é desarticular três milícias com comandos distintos, mas com integrantes com atuação em mais de uma delas.

O primeiro é liderado por Anderson Cabral Pereira, Vulgo Sassa, com atuação nos bairros de Porto Velho, Porto Novo, Pontal e adjacências, em São Gonçalo.  A segunda milícia é chefiada por Luis Claudio Freires da Silva, vulgo Zado, com atuação nos bairros Engenho Pequeno, Zumbi e adjacências, também em São Gonçalo. O último grupo de milicianos é comandado por Wainer Teixeira Júnior, com domínio nos bairros de Itaipuaçu e Inoã, em Maricá.

A investigação apurou que os grupos agem com violência, uso de armas de fogo e prática de homicídios, como modo de disseminar o temor e exercer o domínio sob a população local.

Para expandir o domínio territorial, contam com o apoio de policiais corruptos. As atividades desempenhadas como fonte de arrecadação nas áreas dominadas são típicas das milícias: exploração de “segurança” clandestina a comerciantes, controle sob a venda de botijões de gás e cestas básicas, venda de cigarros contrabandeados, exploração da venda de serviço clandestino de internet e TV a cabo, entre outras.

Entre os principais integrantes da milícia comandada por Sassa aparece Rodrigo de Oliveira Silva, vulgo Negão, braço direito do líder. Também têm destaque na organização Felipe Raoni da Silva, vulgo Mineirinho, Vitória Aparecida Vito Coelho, entre outros.

No caso da milícia dominada por Zado, aparece ao lado dele Gerson Batista Junior, vulgo Gecinho. Neste grupo, consta como braço operacional Adriano Silveira da Rosa, vulgo Vaco, André Silveira da Rosa, vulgo Chaveirinho, entre outros criminosos.

Já a milícia liderada por Wainer tinha entre seus integrantes Francisco Ribeiro Soares Junior, Vulgo Chicão; Luiz Carlos Pereira de Melo, vulgo Russo; Lucas dos Santos Costa, vulgo Luquinha; e  João Paulo Firmino – este último apontado como autor da execução dos cinco jovens num condomínio do programa Minha Casa Minha Vida, em Itaipuaçu, em 25 de março deste ano. Os jovens, apontados como meros usuários de entorpecentes, teriam sido assassinados com o simples propósito de afirmar o poder e espalhar o terror entre moradores e comerciantes da localidade.

As investigações resultaram na prisão de diversos integrantes das milícias já no decorrer das apurações. Todos são denunciados pelo crime de formação de milícia.

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