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Variante delta do novo coronavírus avança no Rio e preocupa cientistas

Secretaria Municipal de Saúde monitora quem teve contato com sete pessoas infectadas

Por Portal Eu, Rio! em 17/07/2021 às 09:54:12

SMS identificou sete casos da variante delta do coronavírus no Rio de Janeiro. Foto:arquivo

A Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro identificou quatro novos casos de covid-19 relacionados à variante Delta. Um homem de 25 anos, morador de Manguinhos, e três mulheres de 29, 65 e 47 anos, residentes de Campo Grande, Bangu e Santíssimo. Todos já estão curados.

Os três casos anteriormente identificados são de homens de 27 e 30 anos, residentes dos bairros de Olaria e Paquetá, e uma mulher de 72 anos, de Campo Grande.

Ao todo, 23 pessoas que tiveram contato com cada um dos dos sete casos estão sendo monitoradas pela Vigilância em Saúde da SMS-Rio,

Para a doutoranda do Centro de Estudos em Gestão de Saúde da Coppead/UFRJ, Chrystina Barros, é importante vacinar a população com as duas doses dos imunizantes, além de continuar a manutenção das medidas preventivas, como uso de máscaras e evitar aglomerações:

“Na verdade, os casos acendem um sinal vermelho do que tem sido todo esse período de pandemia. Principalmente aqui no nosso país, onde não existe nenhuma adaptação requerida pela variante”.

Segunda dose

Chrystina reforça a necessidade de acelerar a vacinação, que é a principal forma definitiva de se controlar a epidemia:

“Mas principalmente, não abrir mão das medidas não farmacológicas, quais são manter distância entre pessoas, não aglomerar, lavar as mãos e usar máscara o tempo todo em ambientes públicos e próximo a outras pessoas”.

Como exemplo negativo, a doutora cita Israel, que havia avançado após vacinação de 70% da população, mas relaxou as medidas sanitárias e voltou a enfrentar o avanço da doença:

“Israel voltou a fiscalizar, a orientar e requerer o uso de máscara em ambientes públicos porque essa variante é mais transmissível. Já está comprovado que precisamos da segunda dose. O estado do Rio de Janeiro tem 90 mil pessoas que não tomaram a sua segunda dose. É importantíssimo! Isso muda a eficácia da vacina drasticamente”.

O epidemiologista e diretor do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho da UERJ, Alberto Chebabo defende a busca ativa por pessoas que ainda não tomaram a segunda dose da vacina:

“É preciso que o governo mantenha campanhas ostensivas e principalmente, a testagem.Sem a testagem a gente não consegue identificar nem o quanto está se transmitindo a doença e nem capturar a variante. Hoje é a variante Delta, mas o próprio Brasil já produziu em Manaus uma outra variante”, disse.

Chebabo diz também que não se sabe qual será a extensão da propagação da nova variante do vírus da covid-19:

"A gente tem que ver qual vai ser o comportamento dessa variante em relação ao número de casa e os outros países ela rapidamente se tornou predominante a gente não sabe se vai acontecer aqui ou não".

Ouça no Podcast Eu, Rio! as explicações da doutoranda do Centro de Estudos em Gestão de Saúde da Coppead/UFRJ, Chrystina Barros e do epidemiologista e diretor do Hospital Universitário da UERJ, Alberto Chebabo, sobre a variante delta do novo coronavírus no Rio de Janeiro.

Por Portal Eu, Rio!
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