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É ouro! Ítalo Ferreira é o primeiro campeão olímpico de surfe

Potiguar de Baía Formosa (RN), brasileiro perdeu a prancha na primeira onda, se recuperou e não deu chance ao japonês Kanoa Igarashi

Por Portal Eu, Rio! em 27/07/2021 às 04:53:13

Ítalo Ferreira, carregado por sua equipe após a vitória na final. Foto: Reprodução/Facebook


A praia de Tsurigasaki ficará para a história dos Jogos Olímpicos como palco da estreia do surfe no programa. Também ficará associada à história olímpica do Brasil, que aí conquistou sua primeira medalha de ouro em Tóquio 2020.

A final começou com o pé esquerdo para Italo Ferreira. Primeira onda e prancha partida! O potiguar teve que remar de volta na praia, pegar nova prancha e voltar para o mar. Tempo precioso em uma final que tem apenas 35 minutos de duração.

A atitude de tudo ou nada do campeão mundial foi um show! Italo Ferreira trabalhou, pegou mais ondas que Kanoa Igarashi, caiu, se levantou, remou e surfou em ótimo nível. Levou para as águas do Pacífico o seu surfe total, físico e espetacular que valeu o título mundial em 2019.

O ouro viaja da praia de Baía Formosa (RN), onde começou a história do novo campeão olímpico, um dos membros da histórica Brazilian Storm, movimento nascido nas águas de Guarujá e que permitiu ao Brasil ser a potência número um do mundo. Desde o primeiro campeonato, vive seu apogeu.

O japonês Kanoa Igarashi não teve a mesma capacidade de leitura do mar que demonstrou na semifinal. Esteve mais conservador e acabou por nunca estar confortável na final. O japonês, que vive parte do ano em Portugal e até se expressou em português na zona mista, fica com a medalha de prata.

Antes da disputa pelo ouro, Italo Ferreira despachou o australiano Owen Wright na semifinal, onde trabalhou muito e acertou pouco, tentando vários aéreos que terminaram incompletos. Valeu a experiência do brasileiro que controlou o final da bateria vencendo por 13.17 a 12.47.

Dia difícil para Gabriel Medina

Não foi um dia que Gabriel Medina vai guardar com carinho na memória. De ultrafavorito a ficar sem medalha é uma trajetória inesperada.

Começamos pelo final da história, a perda da medalha de bronze para o australiano Owen Wright, que venceu por 11.97 contra 11.77 de Medina, líder da temporada 2021 e do ranking mundial.

O dia difícil para ele tinha começado horas antes, quando entrou muito agressivo e com dois aéreos roçando a perfeição liderando a semifinal contra Kanoa Igarashi, até que a oito minutos do final da bateria o japonês pegou uma onda mediana e a transformou em 9.33. Nota muito alta para uma rotação aérea perfeita duas vezes conseguida pelo brasileiro na mesma bateria e pontuada abaixo de 9.00; Igarashi virou o placar 17.00 a 16.76 deixando Medina sem tempo para reagir.

Brasil e Portugal caem nas quartas da prova feminina

Podia ter havido festa da lusofonia na briga pelas medalhas em Tóquio 2020, mas o sonho não se concretizou com as eliminações de Silvana Lima e Yolanda Sequeira.

A cearense foi eliminada pela norte-americana Carissa Moore por 14.26 a 8.30 e acabou fora das medalhas.

“O mais difícil foi que eu não encontrei boas ondas e a Carissa conseguiu. Eu foquei tudo nessa medalha, mas ela não veio. A Silvana não parou não. Espero disputar outra Olimpíada - disse Silvana Lima após a eliminação.”

Também o surfe português sai de Tóquio 2020 com o 9º lugar de Teresa Bonvalot e o 5º de Yolanda Sequeira, que ficou pelas quartas de final eliminada por Bianca Buitendag.

"Queria ter ido mais para a frente. Eu gosto destas condições, mas não consegui fazer mais do que uma manobra. A Bianca conseguiu uma onda com mais manobras do que eu e recebeu maior 'score'. Recebi um diploma, nos primeiros Jogos Olímpicos de sempre, quero agradecer a Portugal inteiro pelo apoio. Senti mesmo no meu coração.”

Yolanda Sequeira em declaração à RTP portuguesa.

Fonte: COI

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