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Traficantes que atuavam em roubo de cargas tinham o apoio do PCC e queriam a Rocinha

Prejuízo que causaram às empresas transportadoras de R$ 600 milhões

Por Mario Hugo Monken em 26/09/2018 às 16:16:20

A quadrilha de traficantes que atua no roubo de cargas que foi alvo nesta quarta-feira (26) de uma operação da Polícia Civil e do Ministério Público Estadual  causou um prejuízo de cerca de R$ 600 milhões para empresas transportadoras em todo o ano de 2017. Ao todo, 23 suspeitos de pertencer ao bando foram presos. O grupo contava com o apoio de bandidos ligados ao Primeiro Comando da Capital (PCC) de São Paulo e tinha como plano invadir a Favela da Rocinha, em São Conrado, na Zona Sul do Rio.

Segundo as investigações, traficantes roubavam cargas a fim de financiar a compra de armas e drogas. Para executar os crimes, a quadrilha usava armamento de guerra como fuzis, granadas e pistolas. Eles se beneficiavam do poder territorial em comunidades pobres para desembarcar e revender o material roubado.

Os crimes ocorreram em roubos em vias expressas como a Avenida Brasil, Avenida Pastor Martin Lutter King Jr e Rodovia Presidente Dutra. Como medida de prevenção de possíveis abordagens, os criminosos usavam uniformes policiais, bloqueadores de GPS e contavam com marginais que faziam o papel de batedores.

Os bandidos também recebiam ajuda de motoristas e vigilantes das empresas de transportes de cargas. Eles forneciam informações privilegiadas sobre deslocamentos dos veículos.

Ligada ao Terceiro Comando Puro (TCP), a quadrilha era baseada na Cidade Alta, no bairro de Cordovil, na Zona Norte. Atuava em associação com traficantes de diversas outras áreas, entre elas a comunidade do Muquiço, em Marechal Hermes; a Vila Aliança, em Bangu, na Zona Oeste; Quitanda, no Complexo da Pedreira; no Complexo da Maré, na Zona Norte e possui ramificações em São Gonçalo, na Região Metropolitana e na Região dos Lagos.
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