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Bolsonaro e Haddad firmam polarização e ditam tendência de segundo turno

Segundo turno aponta, segundo Ibope, equilíbrio com Bolsonaro perdendo em três cenários

Por Cezar Faccioli em 26/09/2018 às 21:06:36

Um dia não foi suficiente para afirmar-se uma tendência, nessa reta final da eleição presidencial. Jair Bolsonaro (PSL), com 27%, e Fernando Haddad, com 21%, oscilaram um ponto cada, dentro da margem de erro, na nova pesquisa Ibope para a eleição presidencial de 2018. Divulgado na tarde desta quarta-feira (26), o levantamento foi encomendado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e atingiu 2.000 eleitores entre os dias 22 e 24 de setembro.

O cenário da nova pesquisa é estável em relação à sondagem imediatamente anterior, encomendada pela Rede Globo e o jornal O Estado de S.Paulo, realizada entre os dias 22 e 23 de setembro e divulgada na segunda-feira (24), com 2.506 .

A pesquisa foi registrada no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) com o número BR-04669/2018.

Se a eleição fosse agora, nenhum candidato atingiria mais de 50% dos votos válidos no primeiro turno, ou seja, a eleição seria decidida em segundo turno. Nesse caso, no primeiro turno, Jair Bolsonaro teria 33% dos votos válidos e Fernando Haddad, 25%.

Para calcular os votos válidos, descartam-se as intenções de votar em branco ou anular o voto,bem como os que não souberam ou não quiseram responder em qual candidato votariam na pergunta estimulada.

O dado mais curioso é o contraste entre as preferências para um eventual segundo turno e a expectativa quanto ao resultado do pleito. Bolsonaro perde a simulação contra Ciro Gomes (44% a 35%), e empata tecnicamente, sempre em desvantagem, com Fernando Haddad (42% a 38%) e Geraldo Alckmin (40% a 36%). O capitão reformado só fica em vantagem no empate técnico face a Marina Silva (40% a 38% para o militar).

Quando perguntados sobre quem ganhará a eleição, contudo, os pesquisados apontam Bolsonaro com larga margem: 44%, ante 20% de Haddad, 7% de Alckmin e 3% de Marina.

Em mais um dado aparentemente contraditório, Bolsonaro apresenta uma rejeição de 44%, a mesma fatia que aponta sua vitória. Haddad tinha 27%, mesmo percentual de Marina, Geraldo Alckmin 19% e Ciro Gomes 16%.



REJEIÇÃO

Jair Bolsonaro: 44% (-2%)

Fernando Haddad: 27% (-3%)

Marina Silva: 27%

Geraldo Alckmin: 19%

Ciro Gomes: 16%

Cabo Daciolo: 11%

Henrique Meirelles: 11%

Eymael: 10%

Alvaro Dias: 9%

Guilherme Boulos: 9%

Vera Lúcia: 9%

João Amoêdo: 8%

João Goulart Filho: 7%

Poderia votar em todos: 2%

Não sabe/não respondeu: 7%



Voto útil

A pesquisa também mediu o chamado “voto útil”, questionando o entrevistado sobre a probabilidade de deixar de votar no candidato de sua preferência, para evitar que outro que não gosta vença.

Do total de eleitores, 14% responderam que essa probabilidade é muito alta; outros 14% disseram que essa probabilidade é alta; 18% que é média; 21% que é baixa; 27% que é muito baixa; e 6% dos entrevistados não souberam ou não responderam.

Entre os eleitores de cada candidato, essa probabilidade é a seguinte:

Jair Bolsonaro

10% muito alta;

12% alta;

17% média;

23% baixa;

35% muito baixa;

3% não sabe/não respondeu.

Fernando Haddad

17% muito alta;

14% alta;

17% média;

22% baixa;

24% muito baixa;

6% não sabe/não respondeu.

Ciro Gomes

21% muito alta;

14% alta;

19% média;

21% baixa;

20% muito baixa;

5% não sabe/não respondeu.

Geraldo Alckmin

14% muito alta;

22% alta;

20% média;

20% baixa;

19% muito baixa;

5% não sabe/não respondeu.

Marina Silva

8% muito alta;

20% alta;

23% média;

17% baixa;

27% muito baixa;

5% não sabe/não respondeu.

A pergunta foi feita para todos os entrevistados, mas a CNI divulgou somente os percentuais dos eleitores de candidatos com mais de 5% das intenções de voto.

Convicção

A pesquisa questionou os eleitores entrevistados sobre a convicção na escolha dos candidatos em quem pretendem votar.

Do total de entrevistados,

43% responderam que trata-se de uma “decisão definitiva, que não mudará de jeito nenhum”

18% disseram que é uma “decisão firme, mas que poderá mudar no decorrer da campanha”

18% responderam que é uma “escolha do atual momento, que durante a campanha poderá mudar”

17% disseram tratar-se de “apenas uma preferência inicial”; outros 5% não sabem ou não responderam.

Entre os eleitores de cada candidato, os percentuais são:

Jair Bolsonaro

55% decisão definitiva;

17% decisão firme;

13% escolha do atual momento;

12% preferência inicial;

3% não sabe/não respondeu.

Fernando Haddad

49% decisão definitiva;

17% decisão firme;

15% escolha do atual momento;

16% preferência inicial;

3% não sabe/não respondeu.

Ciro Gomes

31% decisão definitiva;

20% decisão firme;

23% escolha do atual momento;

19% preferência inicial;

6% não sabe/não respondeu.

Geraldo Alckmin

26% decisão definitiva;

20% decisão firme;

28% escolha do atual momento;

22% preferência inicial;

3% não sabe/não respondeu.

Marina Silva

22% decisão definitiva;

23% decisão firme;

23% escolha do atual momento;

30% preferência inicial;

3% não sabe/não respondeu.

A pergunta foi feita para todos os entrevistados, mas a CNI divulgou somente os percentuais dos eleitores de candidatos com mais de 5% das intenções de voto.

Avaliação do governo Temer

A pesquisa pediu aos entrevistados uma avaliação sobre o governo do presidente Michel Temer. Os resultados são os seguintes:

�"timo/bom: 4%

Regular: 12%

Ruim/péssimo: 82%

Não sabe/não respondeu: 2%


Sobre a pesquisa

Margem de erro: 2 pontos percentuais para mais ou para menos

Entrevistados: 2 mil eleitores em 126 municípios

Quando a pesquisa foi feita: 22, 23 e 24 de setembro

Registro no TSE: BR-04669/2018

Nível de confiança: 95%

Contratante da pesquisa: Confederação Nacional da Indústria (CNI

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