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Com paus e pneus, motoristas de aplicativos param Avenida Brasil na hora do rush

Impostos altos sobre combustíveis e tarifas baixas pagas por Uber e 99 motivam protesto, que cobrou corte no ICMS

Por Anderson Madeira em 04/08/2021 às 16:16:24

Movimento focou suas críticas na tributação sobre combustíveis, poupando nas faixas a política de paridade internacional de preços adotadas pela Petrobras. Fotos: Jorge Hely

A Avenida Brasil, uma das mais importantes vias de acesso ao Rio de Janeiro e à Zona Norte da capital fluminense, parou na manhã desta quarta-feira, no começo da Via Dutra, Rio-São Paulo, a rodovia mais movimentada do País. Um grupo de ativistas do fim da cobrança de impostos sobre os combustíveis promoveu uma manifestação no local, provocando um engarrafamento.

Os manifestantes portavam cartazes com palavras de ordem e colocaram pneus no meio da via para parar o trânsito. A principal reivindicação é que o governador Cláudio Castro reduza a alíquota do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços). A ONG Combustíveis Sem Impostos organizou o ato. No estado do Rio, o valor da alíquota sobre a gasolina é de 31%, considerada a maior do país

Segundo a Polícia Militar, não houve registro de ocorrências e a manifestação acabou no final da manhã, quando o tráfego foi normalizado.

O grupo, composto na maioria por motoristas de aplicativos, começou a concentração às 6 horas da manhã, na pista lateral da principal via expressa da cidade, na altura de Parada de Lucas, bem próximo da saída da rodovia Presidente Dutra, que também ficou engarrafada.


Com pneus e pedaços de pau eles fizeram bloqueios intermitentes e usaram faixas com frases sobre os aumentos da gasolina, gás veicular e etanol para chamar a atenção.

Ouça no podcast do Eu, Rio! a reportagem da Rádio Nacional sobre a manifestação que parou por mais de uma hora o trânsito em uma das pistas da Avenida Brasil em direção ao Centro, em plena hora do rush.

Outra reivindicação dos motoristas de aplicativos é quanto a tarifa. Eles querem que a Uber e a 99 revejam os valores, que estariam muito baixos. Procuradas, a Uber e a 99 não se pronunciaram.

O ato foi organizado pelo Movimento Combustível sem Imposto através de mensagens pelas redes sociais.

A Polícia Militar e a Guarda Municipal acompanharam a manifestação e negociaram com os representantes para que não bloqueassem totalmente a via.

De janeiro a julho, os preços dos combustíveis foram reajustados cinco vezes. Somente a gasolina acumula alta de 25,8%. Segundo a Petrobras, os reajustes acompanham a elevação nos patamares internacionais de preços de petróleo e derivados.

Por Anderson Madeira

Fonte: Radioagência Nacional

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