O Brasil subiu ao pódio mais vezes do que nunca em Tóquio 2020: foram 21 medalhas (duas a mais que a Rio 2016), com sete ouros, seis pratas e oito bronzes. Teve medalha para todos os gostos, dos esportes coletivos aos individuais, dos tradicionais aos estreantes, de homens e de (muitas!) mulheres. Favoritos e surpresas, veteranos que enfim conquistaram sua medalha e novatos que chegaram com autoridade.
Já não se lembra mais quais foram os medalhistas olímpicos do Brasil em Tóquio 2020? Confira nossa lista e já entre na nostalgia:
A primeira medalha do Brasil saiu em um esporte que já entrou nos corações dos brasileiros. De Guarujá para o mundo, Hoefler deixou grandes favoritos como Nyjah Houston para trás e mostrou que o skate brasileiro não viria a Tóquio a passeio.
O Brasil não é mais o mesmo após conhecer a encantadora Fadinha. Aos 13 anos de idade, a skatista mirim encarou com muita personalidade e maturidade a pressão e conquistou a prata em uma prova muito acirrada. Uma conquista da esperança.
Um dos grandes nomes do surfe mundial agora também é campeão olímpico. O potiguar demonstrou muita tranquilidade e estratégia no complexo mar de Tsurigasaki e fez o Hino Nacional Brasileiro ser tocado pela primeira vez nos Jogos.
Em uma das provas mais emblemáticas dos Jogos Olímpicos, em que pessoas do mundo todo param para assistir, Rebeca mostrou o 'Baile de Favela' e o melhor do Brasil. Segura, alegre e incrivelmente talentosa, ela se consolidou como uma das ginastas mais completas do mundo e conquistou a primeira medalha olímpica da ginástica feminina brasileira.
O judô brasileiro subiu ao pódio pela primeira vez no emblemático Budokan com Daniel Cargnin, o gaúcho de 23 anos que dedicou a conquista à sua mãe após superar lesões e dificuldades na pandemia.
Uma medalha de certa forma inesperada, mas não para ele. Scheffer sabia do seu comprometimento, que envolveu nadar em um açude durante a pandemia quando os clubes estavam fechados.
Um Cheng e um Amanar. Os brasileiros jamais esquecerão esses dois nomes que deram ao Brasil o primeiro ouro na ginástica feminina. Rebeca elevou o patamar da prova com dois saltos de altíssima dificuldade e desta vez subiu ao topo do pódio.
A primeira brasileira a conquistar medalhas em três edições diferentes dos Jogos Olímpicos. Mayra superou nada menos que sete cirurgias para poder mostrar o seu melhor nos momentos mais importantes. Sem dúvida, um dos grandes nomes olímpicos da história do Brasil.
Finalmente medalhista olímpico! Bruno Fratus bateu na trave muitas vezes, mas o seu esforço de ter permanecido na elite da prova mais rápida da natação foi recompensado em Tóquio. De quebra, protagonizou uma das cenas mais românticas dos Jogos ao beijar a esposa Michelle Lenhardt após o pódio.
Nem o fã de tênis mais otimista poderia prever esta medalha. A duas semanas dos Jogos, elas nem sabiam que iriam ao Japão. Com desistências, elas entraram, derrubaram várias duplas favoritas, salvaram quatro match-points na disputa do bronze e deram ao Brasil sua primeira medalha olímpica no tênis. Que história!
O par perfeito da vela brasileira não deu chances às concorrentes mais uma vez. Martine e Kahena mostraram que a amizade, o companheirismo e a dedicação sempre vencem.
Em uma das provas mais incríveis de Tóquio 2020, um corredor de São Joaquim da Barra, de 21 anos, fez o terceiro melhor tempo da história dos Jogos Olímpicos e o quarto de todos os tempos. Alison, o Piu, é uma grande revelação do atletismo brasileiro, e ainda por cima é a ousadia e alegria que todos precisamos.
O campeão da Rio 2016 chegou desacreditado a Tóquio após temporadas irregulares. Mas a lição foi ensinada mais uma vez: nunca duvide de Thiago Braz nos Jogos Olímpicos. No momento que precisou, ele fez a sua melhor marca do ano e levou mais uma medalha para casa.
Uma gigante das águas abertas que finalmente conquistou a medalha que merecia por toda a sua carreira. A baiana deu um show de estratégia e resistência, liderando a segunda metade da prova e colocando um corpo de distância nos últimos 500 metros. Uma verdadeira aula.
O boxe novamente marca presença no quadro de medalhas do Brasil nos Jogos Olímpicos, e o primeiro boxeador a ganhar uma medalha em Tóquio foi Abner Teixeira, que encarou de igual para igual o tetracampeão mundial Julio Cesar la Cruz na semifinal.
Um dos maiores personagens do skate brasileiro, Barros mostrou que a experiência também conta no esporte e deu shows de giros 540 na pista de Tóquio, colocando o Brasil novamente no pódio.
Ele prometeu e cumpriu. Após três medalhas na Rio 2016, o canoísta baiano enfim se tornou campeão olímpico. Isaquias não tomou conhecimento dos adversários nas eliminatórias, na semifinal e na final, soberano na prova. Um gigante do esporte olímpico brasileiro, que ainda tem mais para mostrar.
Ele mereceu pra c...
Mais um campeão olímpico da Bahia em Tóquio 2020! Com um belo nocaute diante do adversário na final, Hebert mostrou que não existe impossível no boxe e no esporte.
Com uma vitória na prorrogação contra a Espanha, o Brasil se impôs como país do futebol mais uma vez no torneio olímpico masculino, defendendo o título conquistado na Rio 2016. O veterano Daniel Alves liderou a equipe, que também contou com boas apresentações de Richarlison e com um gol decisivo de Malcom na final.
Mais uma medalha da Bahia veio das mãos da boxeadora Beatriz Ferreira. Por ser quem é, ela esperava o ouro, mas não há nada para se desculpar. Ela lutou como uma campeã, subiu ao pódio e inspirou meninas no Brasil inteiro.
Elas chegaram a Tóquio sem estar entre as favoritas, mas mesmo assim fizeram uma campanha brilhante, avançando invictas à decisão contra o melhor time do mundo, os EUA. A final não foi a melhor partida que a equipe poderia ter feito, mas a prata é um pódio inédito para veteranas como Carol Gattaz e Camila Brait e mais um grande resultado do treinador José Roberto Guimarães.
Fonte: COI