Policiais civis da Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí (DHNSG) prenderam o cabo da Polícia Militar Felipe Perimi de Freitas, lotado na UPP do Borel. Ele foi um dos três homens que atiraram e mataram a tiros Leonardo Montezano Dias da Cruz. O crime ocorreu no dia 12 de maio deste ano, no bairro Cantagalo, em Niterói.
De acordo com os agentes, o autor e outros dois homens, ainda não identificados, desembarcaram de um veículo, simularam um roubo, levaram pertences da vítima e de sua companheira e atiraram na cabeça de Leonardo. As investigações iniciaram após o crime.
Um detalhe que chamou atenção dos policiais foi a roupa utilizada por um dos autores do crime. Além disso, os agentes descobriram que a mulher do acusado preso, Beatriz, terminou o relacionamento para ficar com Leonardo, que estaria envolvido com o tráfico de drogas.
O policial militar, que tem uma filha com a ex-mulher, não aceitava a separação e nem do fato de Beatriz ter uma relação com a vítima. Um caderno apreendido na casa do PM revela a obsessão dele pela ex-mulher, segundo a polícia.
Felipe escreveu: “História de Felipe e Beatriz. Dia 6 de dezembro de 2014, dia mais feliz da minha vida, casamento!".
Em outras anotações, diz "hoje comecei a fazer prova de fogo com minha esposa”, “desgosto e decepção” e depois “ouvi que iria me abandonar, sumir”.
A polícia também investiga a ligação de Leonardo com o tráfico de drogas. Mensagens apreendidas no celular dele mostram um possível envolvimento, segundo a polícia.
Em mensagens para Beatriz, ele diz: “o cara é traficante, queria me pagar 20 mil por semana para trabalhar para ele e eu não quis. Eu ia voltar a traficar bela, desculpe. Vou te dar uma semana para chegar mandado de prisão para mim".
O PM Felipe Montezano irá responder por homicídio doloso qualificado, acusado de ter feito uma emboscada para assassinar a vítima, que não teve chance de defesa.
A equipe da DHNSG solicitou à Justiça mandados de prisão temporária e de busca e apreensão contra o suspeito. Na residência dele foram apreendidos um celular, prints de conversas entre Leonardo e sua companheira e dois pen drives.
As investigações continuam para identificar e prender os comparsas do crime, que ainda não foram identificados.