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Silas Malafaia defende Roberto Jefferson e pede impeachment de ministros do STF

Procuradoria Geral da República foi contrária à prisão do ex-deputada federal e presidente do PTB

Por Moura Júnior em 13/08/2021 às 21:22:30

Foto: Divulgação

Na noite desta sexta-feira (13), com o objetivo de repudiar a prisão do presidente do PTB, o pastor Silas Malafaia usou seu perfil no Twitter para criticar o Supremo Tribunal Federal (STF) e também os ministros Alexandre de Moraes e Luís Roberto Barroso. Em uma das suas publicações, o evangélico pediu o impeachment dos magistrados, afirmando que eles desrespeitaram a Constituição Federal.

"BOB JEFF PERTENCE A ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA? Quem montou uma organização criminosa foram Alexandre de Moraes e Barroso. Não tem crime maior do que aqueles que foram postos para zelar pela CF, rasgam a mesma e prendem pessoas abusando da autoridade que tem. IMPEACHMENT NELES!", escreveu o pastor.

Antes desta postagem, Malafaia já havia parabenizado o Procurador Geral da República, Augusto Aras, pela postura contrária à decisão do STF, e chamou os mesmos ministros de inescrupulosos.

"PARABÉNS! PARABÉNS! Dr. Aras procurador geral. Coloca esses ditadores da toga no lugar deles. O que está acontecendo é uma vergonha total. Os ditadores da toga Alexandre de Moraes e Barroso, rasgaram a constituição. INESCRUPULOSOS!", acusou o líder religioso.

Silas ainda questionou as ações do Supremo e acusou a instituição de promover uma ditadura da toga, insinuando que Alexandre de Moraes havia decretado uma ruptura institucional do Brasil.

"VERGONHA TOTAL! Só o Congresso Nacional pode autorizar investigação contra o presidente da República. Olha o que o ditador da toga está fazendo. Gravíssimo! O ministro Alexandre de Moraes acaba de decretar a ruptura institucional no Brasil", concluiu o pastor.

Roberto Jefferson foi preso na manhã desta sexta após ser acusado, de acordo com a Polícia Federal, por crimes contra a honra, racismo, homofobia e incitação à prática de crimes. Ainda na lista de acusações estaria a participação em uma organização investigada pelo inquérito das milícias digitais, cujo relator é o ministro Alexandre de Moraes.

Após ser detido, ele foi transferido para o presídio Bangu 8, no Complexo de Gericinó, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. No mesmo local, estão o ex-governador Sérgio Cabral e o ex-vereador Doutor Jairinho.


Silas Malafaia defendeu Roberto Jefferson. Foto: Reprodução Twitter

PGR pautada no direito à liberdade de expressão

A polêmica prisão de Roberto Jefferson não somente provocou reações no mundo político, mas também do Ministério Público Federal (MPF). Em nota oficial, a PGR se pronunciou sobre o assunto. Segundo o comunicado, a posição procurou respeitar o direito a liberdade de expressão.

No texto, o atual PGR Augusto Aras esclareceu a atuação institucional no caso que envolve ex-parlamentar:

"A respeito de afirmações divulgadas em reportagens de que a Procuradoria-Geral da República (PGR) deixou de se manifestar sobre o pedido de prisão preventiva do ex-deputado Roberto Jefferson, o procurador-geral da República, Augusto Aras, esclarece:

- Ao contrário do que apontam essas matérias, houve, sim manifestação da PGR, no tempo oportuno, como ocorre em todos os procedimentos submetidos à unidade.

-Em respeito ao sigilo legal, não serão disponibilizados detalhes do parecer, que foi contrário à medida cautelar, a qual atinge pessoa sem prerrogativa de foro junto aos tribunais superiores. O entendimento da PGR é que a prisão representaria uma censura prévia à liberdade de expressão, o que é vedado pela Constituição Federal.

-A PGR não contribuirá para ampliar o clima de polarização que, atualmente, atinge o país, independentemente de onde partam e de quem gere os fatos ou narrativas que alimentam os conflitos.

- O trabalho do PGR e de todos os Subprocuradores-Gerais da República (SPGRs) que atuem a partir de delegação estabelecida na Lei Complementar 75/1993 - seguirá nos termos da Constituição Federal, das leis e da jurisprudência consolidada no STF, todos garantidos pela independência funcional.

-As diretrizes acima mencionadas serão observadas na análise dos procedimentos referentes a posicionamento do presidente da República sobre o funcionamento das urnas eletrônicas: haverá manifestação no tempo oportuno, no foro próprio e conforme a lei aplicável às eventuais condutas ilícitas sob apreciação do Ministério Público", explicou o comunicado.

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