Economista é preso ao confessar ter matado dubladora a facadas em Ipanema

Policiais civis da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) prenderam o economista Pedro Paulo Gonçalves Vasconcellos da Costa, de 27 anos, réu confesso na morte da dubladora Cristiane Louise de Paula da Silva, de 49 anos. O corpo foi encontrado no dia 22 de julho deste ano, na Praia de Grumari, na Zona Oeste do Rio.

As investigações iniciaram após o crime. Colegas de trabalho e familiares da vítima prestaram depoimento, relataram que Cristiane estava desaparecida havia alguns dias e não comparecia ao seu emprego. A dubladora morava sozinha em um apartamento em Ipanema, mas estava dividindo o imóvel com Prdro.

Ao ser questionado por amigos dela, ele informou que Cristiane estava bem e havia viajado com um namorado. Disse, ainda, que ela voltaria em alguns dias e que tinha desligado seu telefone celular. No entanto, ele narrou os fatos de forma contraditória, o que causou estranheza. Em depoimento na delegacia, ele relatou que encontrou Cristiane no dia 17 de julho e, segundo ele, a vítima declarou que precisava "se desligar" por um tempo e que iria para casa de amigos de seu namorado.

Os agentes desconfiaram, solicitaram à Justiça um mandado de busca e apreensão na casa de Ipanema. Os policiais foram ao local e ele confessou o assassinato. O homem disse que usou uma faca para matar a vítima, após uma discussão dentro do apartamento dela.

Ao confessar o crime, o economista disse ter agido em legítima defesa, alegando que a dubladora estaria "possuída pelo demônio" e apresentava estar sob efeitos de entorpecente, remédios e bebida alcoólica. O homem contou ainda que teve a ajuda de sua mãe e de outra pessoa, ainda não identificada, para esconder o corpo. A mãe de Pedro Paulo, Eliane Gonçalves Vasconcellos da Costa, está foragida.

De acordo com Leandro Costa, delegado responsável pelo inquérito, a vítima estava desaparecida há muitos dias quando seu corpo foi encontrado. Ela residia sozinha, mas há algumas semanas estava hospedando Pedro Paulo. Costa afirmou que, apesar da alegação do autor, ficou comprovado com as investigações que a motivação do crime foi patrimonial.

As investigações continuam para localizar e identificar outros envolvidos no crime.