A Prefeitura do Rio anunciou, nesta segunda-feira (13), no Palácio da Cidade, em Botafogo, o plano Rio Futuro, iniciativa que vai usar os recursos oriundos da concessão da Cedae. Serão R$ 5,4 bilhões aplicados em 18 projetos voltados para ações sociais e de infraestrutura (R$ 1,4 bilhão), saúde (R$ 1,1 bilhão) e educação (R$ 1,67 bilhão) e para novas economias (R$ 950 milhões) e em desenvolvimento urbano (R$ 300 milhões).
O prefeito Eduardo Paes disse que os recursos da concessão da Cedae vão resolver algumas das questões que mais afligem a população, como zerar a fila do Sisreg.
“ Para as pessoas que buscam um exame ou uma cirurgia e não conseguem, eu quero dar essa boa notícia de que vamos fazer com que a vida dela volte à normalidade, com um atendimento adequado de saúde”, disse.
O plano Rio Futuro consiste em ações de promoção do saneamento, combate à desigualdade social e à extrema pobreza; Reiniciar, focado na promoção de moradia, trabalho e reforço escolar; e Redirecionar, voltado para a promoção da educação 4.0, agenda verde e economia do futuro.
Uma das iniciativas consiste em zerar a fila do Sisreg. Paes anunciou que o município vai investir R$ 1,1 bilhão na ampliação da capacidade pública de atendimento à população em procedimentos e consultas ambulatoriais especializadas por meio de telemedicina, chamamentos públicos, licitações e convênios. Entre os resultados esperados, além de zerar a fila, a Prefeitura espera firmar o Protocolo de Cooperação entre Entes Públicos para ampliar a oferta de vagas em hospitais federais.
“Escolhemos, até agora, 18 projetos em diversas áreas, como saúde, educação, saneamento, infraestrutura, moradia. Pretendemos, por exemplo, acabar com a fila do Sisreg. Termos ainda projetos de reforço escolar, de geração de empregos e de cuidadores de idosos, entre outros. Tudo será acompanhado pela Prefeitura e pela sociedade para que a gente possa, com esses recursos, fazer projetos transformadores na vida das pessoas”, disse o secretário municipal de Fazenda e Planejamento, Pedro Paulo.
Na Educação, serão investidos R$ 673 milhões em ações de reforço escolar, por meio de acompanhamento individualizado e cursos extracurriculares. Serão mais cinco horas semanais para 75 mil alunos com defasagem no aprendizado. Os estudantes serão acompanhados por estagiários em aulas presenciais ou remotas, com plano individual elaborado pelo professor e material pedagógico específico.
Já em relação às atividades extracurriculares, o município vai ofertar 46 mil bolsas para cursos em instituições credenciadas, priorizando idiomas, tecnologia e empreendedorismo.
De acordo com o plano da Prefeitura, R$ 245 milhões serão destinados para manter as escolas abertas para os alunos do Ensino Fundamental durante as férias de janeiro e julho. Além de reforço, eles terão programas de estudos de curta duração, metodologias ativas de ensino, priorizando alunos com defasagem na aprendizagem e em condições de vulnerabilidade social.
Com a iniciativa, a expectativa é atingir 214 mil alunos com 7,5 mil turmas em atividade.
“Eu não tenho dúvida nenhuma que o Rio está no caminho certo novamente e que esse processo de concessão da Cedae é uma consequência do novo ambiente político que a gente conseguiu construir. Quero anunciar ainda que o Estado vai dar R$ 400 milhões a mais do dinheiro da Cedae para ajudar a zerar a fila do Sisreg, o que também é nossa responsabilidade”, declarou o governador Claudio Castro.
Grande parte dos recursos será direcionada para a criação de Territórios Sociais e Áreas Verdes. Com isso, a Prefeitura pretende levar mais dignidade às regiões mais pobres da cidade. São ações que combinam saneamento, infraestrutura, acesso à saúde e educação, aliadas a políticas sustentáveis e de engajamento das comunidades.
Um dos projetos previstos é a criação de um parque linear integrado ao longo do rio Cabuçu-Piraquê, na Zona Oeste da cidade, combinando técnicas urbanísticas e de drenagem sustentáveis, promovendo a proteção das margens contra erosão, recomposição da vegetação ciliar, redução da poluição difusa através dos banhados, controle de cheias, além da integração comunitária.
A Secretaria de Fazenda e Planejamento diagnosticou as localidades do Rio que apresentam os piores índices em saneamento, acesso à saúde e cuidados básicos, moradia de qualidade, coleta seletiva, entre outros. Já os projetos foram escolhidos por meio de uma avaliação que considerou quesitos como: o nível de impacto econômico-social, transparência e sustentabilidade.