Policial militar faz campanha fardada contra Bolsonaro

Uma foto que circula nas redes sociais mostra uma policial militar em serviço segurando um adereço com os dizeres ELE NÃO, em alusão à campanha contra o candidato a presidência da República Jair Bolsonaro (PSL). A foto aparenta ter sido feita durante alguma edição da Parada LGBTi, realizada em Niterói ou em Copacabana, recentemente. Suas letras são coloridas e ostentava o símbolo do PSOL, partido que aderiu a campanha contra Bolsonaro.

Nas redes sociais, a postura da policial, que aparece de óculos escuros, sorrindo e tampando seu nome, causou indignação. "Detalhe, fardada, não pode se expressar sem autorização do seu comando. Tem que tomar uma 'disciplinar'. Só para tomar vergonha na cara", disse um internauta."Nem ele sim e nem ele não. Policial não pode se manifestar", alertou outra internauta. 

Foto vem causando polêmica nas redes sociais (Reprodução de internet)

De fato, a manifestação partidária para qualquer lado é proibida por regimento. A Lei Ordinária 443/81 que rege a Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro, em seu artigo 75, diz que o uso dos uniformes com seus distintivos, insígnias e emblemas, bem como os modelos, descrição, composição, peças acessórias e outras disposições, são estabelecidos na regulamentação específica de cada Força Armada. E no parágrafo primeiro, no primeiro item, atesta que é proibido ao militar o uso dos uniformes em reuniões, propaganda ou qualquer outra manifestação de caráter político-partidário. 

Procurada, a assessoria de imprensa da Polícia Militar do Rio de Janeiro informou que a policial militar já foi identificada e responderá pelos atos praticados conforme as normas vigentes na Corporação.