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Relator prepara terceira versão para Reforma Administrativa

Terceirização de Saúde e Educação ameaça atendimento a pobres, Oposição alega para adiar votação

Por Portal Eu, Rio! em 18/09/2021 às 16:17:45

Arthur Oliveira Maia (DEM-BA) admitiu reduzir prazo limite para contratações temporárias, mas não abre mão de avaliar desempenho. Foto: Agência Câmara

Atendendo ao pedido dos membros da comissão especial, o relator da reforma administrativa (PEC 32/20), deputado Arthur Oliveira Maia (DEM-BA), retirou as mudanças que havia feito em seu relatório na noite de quarta-feira e manteve seu parecer anterior. Oliveira Maia se comprometeu a trabalhar em uma terceira versão do substitutivo. Com isso, a comissão especial adiou a votação da proposta, que estava marcada para esta quinta-feira (16).

Entre os pontos mais criticados pela oposição estão as regras para contratações temporárias e os instrumentos de cooperação com a iniciativa privada. "Nos termos em que está o substitutivo, é muito difícil um acordo para votação", explicou o deputado Rogério Correia (PT-MG). "Cada município pode fazer convênio com a iniciativa privada e entregar todos os recursos da Saúde e da Educação para entidades com fins lucrativos. É óbvio que estas empresas não vão prestar serviço de qualidade para o povo mais pobre. Quem visa o lucro oferece serviço para quem pode pagar", afirmou.

Jornada

Arthur Oliveira Maia reconheceu que a comissão especial pode alterar as regras para contratações temporárias, como reduzir o prazo limite dos contratos, que no seu parecer é de até dez anos. Já a avaliação de desempenho é considerada um dos pontos fundamentais. "Não posso reclamar se estou sendo avaliado por meu patrão. O bom funcionário quer ser avaliado, até para que o bom trabalho dele seja reconhecido. Só aqueles que não prestam um bom serviço não querem ser avaliados", ponderou.

Ouça no podcast do Eu, Rio! (eurio.com.br) a reportagem da Rádio Câmara sobre o impasse na votação do relatório da Reforma Administrativa, que obrigou o relator a refazer seu parecer em pontos como os contratos temporários.

Entre as mudanças, o parecer excluído pelo relator acabava com a possibilidade de reduzir a jornada e salário de servidores. O texto também facilitava a abertura de processos administrativos para perda de cargo de servidores com avaliação de desempenho insatisfatório; acrescentava novos parâmetros para definir quem perderá a vaga caso haja uma extinção parcial de cargos obsoletos; e incluía guardas municipais e agentes socioeducativos entre as carreiras exclusivas de Estado, deixando de fora da lista policiais militares e corpos de bombeiros militares.

Em outro ponto polêmico, o relator havia mudado seu parecer para rejeitar a admissão de emendas que permitem acabar com benefícios de juízes e promotores, como as férias de 60 dias. "Não seria viável, ante a distribuição de competências estabelecida na Constituição, interferir no regime de magistrados e de membros do Ministério Público por meio de Proposta de Emenda à Constituição apresentada pelo Poder Executivo", argumentou.

Votos

Enquanto Maia trabalha no novo relatório, deputados do PT e do Psol já apresentaram votos em separado para a aprovação de textos alternativos. Entre outros pontos, o substitutivo do PT:

- assegura direitos dos servidores e empregados públicos;

- evita abusos remuneratórios;

- retira benefícios concedidos aos membros de Poderes e aos militares;

- garante a participação da sociedade na gestão dos serviços públicos e sobre os atos da administração;

- oferece meios mais democráticos de gestão de pessoal e mediação de conflitos nas relações de trabalho no setor público;

- coíbe a discriminação e apadrinhamento político nas relações de trabalho no setor público;

- impede a ocupação excessiva de cargos civis por militares.


Fonte: Agência Câmara de Notícias


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Por Portal Eu, Rio!

Fonte: Agência Câmara de Notícias e Rádio Câmara

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