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MPRJ realiza operação contra furto de peças de veículos em depósito de carros apreendidos do Detro em Mesquita

Apesar de desativado, depósito do Detro ainda tem carros apreendidos

Por Portal Eu, Rio! em 23/09/2021 às 08:43:46

Criminosos furtavam peças dos veículos e as jogavam por sobre o muro do depósito. Foto: YouTube.

O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), realiza, nesta quinta-feira (23), a Operação Desmonte, para prender cinco pessoas acusadas de integrar associação criminosa armada para a prática de furto qualificado e receptação qualificada de peças de veículos acautelados em um depósito do Detro em Mesquita.

O depósito é administrado pela empresa Rodando Legal. Os cinco foram denunciados à Justiça pela prática de associação criminosa, quatro deles ainda por furto qualificado e um ainda por receptação qualificada. A operação conta com o apoio da Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI/MPRJ). Os cinco mandados de prisão e busca e apreensão foram expedidos pela Vara Criminal de Mesquita.

As investigações começaram após uma reportagem de TV, em 2020, revelar diversas irregularidades ocorridas no depósito. Na ocasião, foram exibidas imagens, obtidas através de uma câmera escondida, de funcionários do local negociando informalmente a venda de peças dos veículos acautelados, indicando, inclusive, que os próprios “clientes” poderiam retirar o material por conta própria.

O terreno da empresa era usado pelo Detro até 2018, quando foi encerrado o contrato para a guarda de veículos apreendidos. Os veículos, porém, permaneceram no local aguardando leilão. Dois dos denunciados na operação realizada na data de hoje aparecem na matéria veiculada.

O procedimento investigatório criminal foi instaurado a partir do compartilhamento de provas obtidas do processo nº 0010329-48.2019.8.19.0213, ajuizado após a deflagração da operação “Direção Perigosa”, que tinha por objetivo apurar a atuação de um grupo de milicianos nas localidades de Santo Elias, Jacutinga e Vila Emil, todas situadas em Mesquita.

A investigação apurou que o grupo criminoso retirava as peças dos veículos, e as repassava clandestinamente para diversos receptadores. As peças eram jogadas para fora do depósito por cima de um muro existente no fundo do terreno ou colocadas em mochilas e bolsas levadas ao local por diversos portadores, de forma que não pudessem ser visualizadas por outros funcionários do estabelecimento. A associação criminosa se utilizava ainda de armas de fogo para realizar a cobrança de "clientes" que adquiriam as peças desviadas.

A retirada de peças era feita notadamente por Bruno de Faria, vulgo Bruno Bomba, funcionário do depósito. De acordo com a denúncia, por vezes ele subtraía as peças e as substituía por outras defeituosas. Anderson Vilarinho de Souza, conhecido como Péia, atuava como intermediário na negociação das peças desviadas. Os funcionários do depósito Helton Reis Cordeiro, conhecido como Pastor, e Josiel Pereira da Silva, conhecido como Juninho, trabalhavam respectivamente como vigia e responsável pela portaria do depósito, e se utilizavam de tais funções para facilitar a saída das peças. O outro denunciado é Gemilson Valente Pires, conhecido como PQD, que atuava como segurança no local e foi inclusive flagrado portando arma de fogo com registro vencido.

Fonte: MPRJ

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