Com as viagens liberadas a partir de novembro, o momento é de pensar como se preparar para as oscilações do dólar para que o passeio não fique caro demais e até inviável. Cautela no momento de comprar a moeda norte-americana e não deixar para cuidar disso às vésperas do embarque são dicas de Anderson Souza Brito, especialista em câmbio da Revhram.
"Precisa ser de forma gradual e planejada para minimizar os impactos das interferências e que se possa obter um preço médio de seu valor”, aconselha ele. Brito lembrou que essa estratégia do preço de médio é conhecida como Dollar Cost Averaging (DCA), quando se escolhe uma moeda para comprar a fim de aplicar periodicamente uma quantia fixa.
A variação no valor do dinheiro é provocada por fatores como expectativa da vacinação da população, turbulência política e intervenções dos Bancos Centrais, que alteram as taxas de juros em busca de conter as consequências da crise sanitária.
Brito sugere um caminho para quem pretende economizar. São três tipos existentes no mercado, conhecidas como cara pequena (mais antigas), cara grande (antigas esverdeadas) e a mais nova que possui novos dispositivos de segurança, como uma fita azul. Todas são válidas, segundo o Banco Central dos Estados Unidos. Porém, de acordo com o especialista, elas possuem valores diferentes no mercado em razão da segurança.
Outra maneira de economizar é checar os sites que compilam as cotações de casas de câmbio e destacam seu preço do Imposto de Operações Financeiras (IOF).
Brito pontua que comprar a moeda estrangeira é a maneira mais vantajosa, por conta da incidência menor de tributação, o que gera uma economia considerável. Ele destaca ainda que além do dinheiro físico, o turista tem à disposição o cartão pré-pago e o cartão de crédito.
Cartões
No caso do cartão pré-pago, existem os custos, a incidência do IOF e a taxa de câmbio do momento em que é feito o crédito. Do mesmo modo, acontece com o cartão de crédito internacional, com IOF, mas a taxa de câmbio será a do momento da utilização.
Conta corrente
É possível abrir uma conta corrente internacional em dólar para ajudar na conversão e evitar o transporte da moeda física. A vantagem é que a cotação do dólar é o comercial, e não o turismo, o que representa economia muito considerável. "O viajante também pode mesclar as modalidades de pagamento durante o passeio e curtir pagando menos", explica Brito.
O especialista faz uma ressalva: que quem sai do Brasil com mais de R$ 10 mil, precisa preencher a Declaração Eletrônica de Bens de Viajantes (e-DBV) e apresentá-la à fiscalização aduaneira.
Números atuais e histórico
O governo norte-americano anunciou a liberação da entrada no país de todos os estrangeiros vacinados contra a Covid-19, a partir de novembro. Os turistas terão de apresentar comprovante de imunização antes do embarque, além de teste feito três dias antes da partida e comprovação de resultados negativos. Por outro lado, o isolamento preventivo em hotel não será exigido.
Os Estados Unidos são o destino preferido dos brasileiros, que buscam os parques temáticos de Orlando, como o Walt Disney World e a Universal Orlando. Procuram também os arranha-céus iluminados, lojas de todos os tipos e tamanhos e preços atrativos de Nova York, que atraem milhões de turistas todos os anos.
Em 2019, o setor turístico dos EUA gerou ao país US$ 71,2 bilhões (cerca de R$ 380 bi). No ano passado, marcado pela pandemia, a receita foi de US$ 39,63 bi (ou R$ 209 bi), pouco mais da metade em relação ao período anterior. A expectativa é a retomada do crescimento no setor ainda em 2021.
Fonte: Comunicação Conectada