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Seguradoras propõem aposentadoria de R$ 2.200 a 80% da população

Proposta que garante o benefício foi apresentada aos presidenciáveis.

Por Claudio Rangel em 03/10/2018 às 20:21:03

Seguradoras apresentam nova fórmula de financiamento para a Previdência Social. Foto: Claudio Rangel

A Confederação Nacional das Empresas de Seguros Gerais, Previdência Privada e Vida, Saúde Suplementar e Capitalização (CNseg) divulgou nesta quarta-feira (3), no Rio, as propostas do setor aos presidenciáveis de 2018. Presidida por Márcio Coriolano, a entidade apresentou 22 propostas, entre elas uma nova fórmula de financiamento da Previdência Social capaz de garantir benefícios no valor de R$ 2.200,00 a 80% dos segurados.

Coriolano elencou propostas que incluem desde a assistência funeral, produtos de saúde, seguro de vida universal, produtos para pequenas e microempresas e até para garantir grandes obras de infraestrutura. O destaque ficou com a reforma do sistema de previdência, com uma fórmula que utiliza o FGTS para ampliar o benefício do trabalhador.

Edson Franco, presidente da Federação Nacional de Previdência Privada e Vida, disse que a reforma proposta tem duas frentes. A primeira é a que já está em andamento no Congresso e ainda não foi votada. A medida prevê idade mínima para a aposentadoria, a "desacumulação" de benefícios e todo o projeto já aprovado pelo relator da Reforma da Previdência, deputado Artur Maia (PPS-PA).

A CNseg defende ainda uma reforma estrutural com a criação de uma nova previdência para quem nasceu a partir de 2005, como explica Edson Franco:

"Propomos um sistema baseado em quatro pilares. A novidade é a inclusão de um terceiro pilar de capitalização. O primeiro pilar é uma renda básica ao idoso, de natureza assistencial, e não previdenciária, financiada por impostos gerais. O segundo pilar é similar ao INSS, em regime de repartição e de natureza de distribuição de renda, com teto reduzido. A soma desses dois pilares que seja equivalente a renda média do brasileiro, que é de R$ 2.200,00, que cobre cerca de 80% da população", explicou.

Aposentadoria de R$ 2.200

Edson Franco ressaltou que a soma dos dois pilares é capaz de atender a 80% da população brasileira, com reposição de 100% da renda média do brasileiro.

Para quem ganha acima disso, um terceiro pilar em regime de capitalização teria como fonte o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço:

"Uma das fontes de financiamento desse regime de capitalização seria o próprio FGTS. Sem a criação de um custo adicional para as empresas".

A proposta seria incluir todos os brasileiros no mesmo sistema, sem distinção entre militares, funcionários públicos e trabalhadores em geral. O quarto pilar é a previdência complementar, como já existe.

"O FGTS como fonte de financiamento é uma proposta que estamos elaborando com previdência suplementar", disse.

O presidente da CNseg, Marcio Coriolano, destacou a importância de outras modalidades de seguro. O setor dispõe de ativos da ordem de R$ 1,2 trilhão, o equivalente a 25% da dívida pública. O movimento representa 6,5% do PIB brasileiro e é o setor com mais potencial para crescer:

O evento também contou com a participação do diretor Técnico da CNseg, Alexandre Leal, do presidente da FenaPrevi, Edson Franco; da presidente da FenaSaúde, Solange Beatriz Palheiro Mendes, e do diretor Executivo da FenaCap, Carlos Alberto Corrêa.

"Ainda estamos na 46ª posição do ranking mundial em consumo per capta, em descompasso com a economia do país, a nona maior do planeta. O setor segurador é o parceiro ideal para concretizar a agenda social e econômica do novo governo e proteger a população de toda a espécie de riscos", explicou Márcio Coriolano.




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