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Fora do país, brasileiros também vivem o clima da eleição

Segundo o TSE, 500 mil brasileiros que vivem fora do Brasil estão aptos para votar

Por Robson Machado em 04/10/2018 às 20:35:40

Poder do voto está nas mãos de brasileiros também ao redor do mundo (Foto: Pixabay)

Esquerda, Direita, Centro ou nenhuma das alternativas? Sem sombra de dúvidas, essa é a eleição mais polarizada da nossa história. De acordo com o TSE, o Tribunal Superior Eleitoral, 147 milhões de Brasileiros estão aptos a votar. As opiniões nunca divergiram tanto. Atento a esse cenário interno de efervescência política, o Eu, Rio! também quis ouvir a opinião de brasileiros que estão fora do país. De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral, 500 mil brasileiros que atualmente vivem no exterior estão aptos a votar nessas eleições. Para garantir a esses eleitores o direito ao voto, o TSE vai instalar zonas eleitorais em 99 países.E quais são as expectativas de quem acompanha tudo fisicamente distante mas com o coração ainda pulsando em verde e amarelo? 

Luís Antônio é engenheiro e vive em Paris, na França. Consultado pela nossa reportagem, ele foi enfático ao se posicionar: "O Brasil atual é um país falido pelas crises econômica e moral decorrentes do Sistema de corrupção desenfreada que se instalou no país há quase duas décadas. Precisamos recuperar nossa economia e principalmente nossa sociedade doente em todos os aspectos, usando ideias e objetivos claros para combater a mentira, sujeira e "desconstrução" usadas anos a fio pela quadrilha que tomou o país de assalto e saqueou tudo o que os Nove Dedos conseguiram tocar.

"Não podemos mais admitir bandidos no poder. E quanto mais vejo todos os candidatos que representam esse Sistema, unidos contra o único candidato que não faz parte dele, tenho mais certeza que estou no caminho certo ao votar #elesim", declara o engenheiro brasileiro. 

Também enfática, Fafate Costa, pesquisadora da UFRRJ, a Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, expôs suas convicções. Fafate atualmente vive em Portugal.

"Eu estou em Portugal para fazer uma pesquisa e vou voltar ao Brasil. É lá que quero viver e, espero, ainda possa viver numa democracia. Essas eleições nos mostram, infelizmente, uma face sombria de parte da população brasileira. Há milhares de pessoas que se sentem representadas por um candidato fascista. Quanto a isso não há como contemporizar,  não há como sustentar a falsa desculpa de que há uma polarização nacional pelo  "ódio ao PT". Me desculpem, mas existem outras 11 opções de candidatos. Então, para mim, quem vota em candidato machista,  defensor da tortura, misógino,  homofóbico, racista... vota porque se reconhece em tudo isso. Esses eleitores flertam com a ditadura, flertam com a barbárie", relatou Fafate, que completou.

Luís Antônio (de óculos escuros), Fafate e Jordan não abrem mão do voto (Arquivos pessoais)

"As eleições no Brasil este ano não passam pelos debates de propostas de governo, mas sim, pela queda das máscaras de uma elite da extrema direita que nunca venceu o seu ódio de classe. Eu ainda tenho esperança de ver a violência ser derrotada nas urnas, é claro. Mas o Brasil já perdeu muito. Perdeu em humanidade", finaliza a pesquisadora brasileira. 

Adotando um tom mais conciliador, o jornalista Jordan Alves, que hoje também vive em Portugal, mesmo fora do país, não abre mão de votar.

"Vivi mais de trinta anos no Rio. Estou há um em Lisboa, Portugal. Transferi meu título pra cá, e faço questão de votar, pois compreendo a importância do voto, principalmente nesse momento que o país está vivendo. Tenho esperança na melhora e acredito na Democracia", declara o jornalista brasileiro.  

Comprometidos com o futuro do Brasil, nossos três entrevistados vão às urnas neste domingo mesmo estando fora do país.  

NOTA AO LEITOR: O Eu, Rio! pediu aos 3 entrevistados exatamente a mesma coisa: que falassem sobre suas expectativas para essas eleições. Os respectivos posicionamentos dos entrevistados foram escritos pelos próprios e publicados pelo portal na íntegra, sem edição. Os três entrevistados deram as suas respectivas opiniões sem terem conhecimento prévio da opinião de cada um. Portanto, não há a menor possibilidade de um entrevistado ter se referido ao outro em seus argumentos.  
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