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Papa Francisco recebe solidariedade da CNBB após ataques de brasileiros

Sumo pontífice foi criticado por internautas por menção interpretada como se fosse para o candidato Jair Bolsonaro

Por Andrew Miranda em 05/10/2018 às 00:42:43

Foto: Ascom CNBB

No último dia 26 de setembro, o Papa Francisco postou em seu twitter a frase "Rezemos para que no mundo prevaleçam os programas de desenvolvimento e não aqueles para os armamentos", provocando críticas de diversos internautas brasileiros, achando que ele se referia ao presidenciável do PSL, deputado federal Jair Bolsonaro, que defende porte de armas para toda a população. Nesta quinta-feira, bispos da Regional Oeste 1 (Estado do Mato Grosso do Sul. Formado por 01 Arquidiocese, Campo Grande e mais outras dioceses: Corumbá, Coxim, Dourados, Jardim, Naviraí e Três Lagoas) da CNBB (Confederação Nacional dos Bispos do Brasil) enviaram carta de apoio ao Sumo Pontífice.

Eis um trecho do documento dos bispos da CNBB: 

"Nós, Bispos do Regional Oeste I da CNBB (Estado de Mato Grosso do Sul), reunidos na Diocese de Naviraí  MS com leigos e leigas, religiosos e religiosas, presbíteros, diáconos, seminaristas, representantes do Povo de Deus que está em nossas Dioceses, por ocasião do IV Congresso Missionário Regional, queremos manifestar a nossa solidariedade diante de todas as difamações e ofensas que têm sido dirigidas contra o Vossa Santidade e seu Magistério. (...)Sua Missão lhe exige firmeza e, ao mesmo tempo, ternura, que se expressa tão bem em sua vida como na vida de seu patrono, São Francisco de Assis. Reconhecemos bem que a Igreja de seus sonhos é aquela que, como Jesus Cristo, seja expressão do rosto da misericórdia de Deus: uma Igreja "em saída" e, por isso mesmo, machucada e sofrida como milhões de nossos irmãos e irmãs. (...)Vossa Santidade nos instiga a termos as mesmas atitudes de Jesus, que como bom Pastor, trazia em si as marcas e o cheiro do rebanho, e isso nos desinstala, tiranos da zona de conforto e nos impulsiona a irmos às fronteiras geográficas e existenciais, onde está a vida real das nossas ovelhas. (...)Queremos que saiba que não está sozinho. Estamos com Vossa Santidade e acolhemos om carinho, respeito e afeto todas as suas orientações e ensinamentos. Essa carta foi lida em plenário e aprovada por unanimidade por todos os congressistas (...)".

A Regional Oeste 1 conta com sete bispos titulares, um auxiliar e três eméritos.

Algumas postagens chamaram o papa de "esquerdista". Eis algumas: "Fala da Venezuela, papa esquerdista", disse um internauta. "Pela Família, pela Paz! Porém, com o direito de defendê-la contra os bandidos que estão armados na rua. Bolsonaro é Deus, Pátria e Família. Como está a situação na Venezuela, papa?", questionou outro internauta. "Com todo o respeito, sugiro que o senhor venha ao Brasil e converse com os bandidos pessoalmente. Quem tem armas são eles", recomendou outro.

Nem todas as postagens foram críticas: "Enquanto o Papa Francisco reza pelo desarmamento, vemos cristãos católicos apoiando descaradamente o porte de armas", comentou outro.

Em abril passado, ele postou outro texto semelhante no twitter, também contra o armamentismo.  "Nós realmente queremos a paz? Então, vamos banir as armas para não ter que viver no medo da guerra", disse na ocasião. 

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