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Plataforma digital incentiva turismo social por baixo custo

Site 'World Packers' conecta turistas com com hotéis que ofertam vaga por serviços

Por Andrew Miranda em 06/10/2018 às 17:16:00

Foto: Divulgação

Muitos gostam de viajar, mas, às vezes, fazer turismo na Europa, Ásia ou África pode estar acima do orçamento doméstico. Afinal, são despesas com passagens de avião, trem (ou carro se a pessoa alugar), entre outros meios de transporte; hospedagem, alimentação e nos pontos turísticos a serem visitados. Pode-se aproveitar pacotes econômicos de agências de turismo e fazer viagem solitária do tipo ‘mochilão’. Agora surgiu uma plataforma online colaborativa, onde você viaja para um destino e se hospeda de graça em um local em troca de alguns pequenos serviços. É a Worldpackers.

O endereço do site é www.worldpackers.com. Ele conecta o viajante com anfitriões do mundo inteiro (inclusive no Brasil), onde o turista pode viajar trocando habilidades por hospedagem. Seja para economizar na viagem, ter imersão na cultura local ou desenvolver novas habilidades. Segundo o próprio portal diz, “você pode utilizar a Worldpackers nas férias, fazer um mochilão ou até tirar um ano sabático. São hostels, pousadas, ONGs, comunidades e projetos ecológicos que você pode ajudar e receber em troca hospedagem gratuita, alimentação e outros benefícios”. São cadastrados na plataforma mais de um milhão de viajantes e anfitriões de 170 países. 

O viajante pode escolher voluntariar por uma causa, projeto ou trabalho específico. Para quem busca fazer voluntariado internacional, é importante atentar-se às diferenças culturais de um país para outro. Voluntário de primeira viagem? Faça parte de um projeto dentro do seu próprio país para viver a experiência do intercâmbio social. Se você ainda tem dúvidas de como fazer trabalho voluntário em outros países, a Worldpackers é parceira de projetos engajados e inspiradores espalhados pelo mundo.

Por exemplo, o turista pode conhecer as belas praias de Jericoacoara, no estado do Ceará. O Hostel OM procura voluntários que sejam responsáveis, proativos, comunicativos e ordenados. Eles trabalhariam seis horas por dia na limpeza das instalações do lugar (cozinha, banheiros, quartos e entrada) e na recepção. Teriam ainda direito a duas folgas semanais. Poderiam usufruir de quarto compartilhado, café da manhã, almoço, jantar, cozinhar a própria comida e descontos em passeios pela região. Além disso, a lavanderia é gratuita. Só pagaria o transporte até a cidade e o seguro-viagem. Os requisitos básicos para conseguir esta viagem são ter português fluente e inglês intermediário e idade mínima de 18 anos. O turista poderia ficar de quatro a seis semanas.

Se você tem habilidades artísticas e quiser conhecer as praias de Ubatuba, a capital brasileira do surf, no litoral paulista, pode se hospedar em um hostel, trabalhando 25 horas por semana, pintando, esculpindo ou desenhando grafites pelas paredes do local. Você tem direito a dois dias de folga, quarto compartilhado, camping, café da manhã, usar a cozinha, lavanderia, usar as bicicletas e pranchas de surf. A pessoa pode ficar de uma semana a três meses. 

Mas, se você não quiser fazer meramente turismo e sim conhecer uma outra cultura e ajudar o próximo, pode ir à cidade de Kiambu, no Quênia, na África e por duas semanas, trabalhar durante 18 horas (por semana), tendo dois dias livres em cada uma. O seu trabalho seria cuidar de crianças da comunidade. Teria direito a quarto compartilhado, café da manhã, almoço, jantar, lavanderia, passeios, eventos e aprender o idioma local. No final da experiência ganharia um certificado de participação.

O fotógrafo curitibano Fayson, de 28 anos, formado também em Educação Física, já viajou por 25 países para conhecer outras culturas e ter novos desafios. Conheceu o site há cerca de três meses. “Viajar me motiva a descobrir um pouco sobre o outro em mim. Mesmo que a língua, a cultura e os costumes sejam diferentes, sempre há alguma semelhança a ser descoberta. Céu azul é o telhado do mundo inteiro e a nossa casa pode ser onde o nosso coração se sente bem e confortável. Meu propósito e objetivo em cada viagem é ajudar os outros com minhas habilidades. Ajudando a criar um mundo melhor onde a troca e o compartilhamento são a chave”, disse.

Entre as habilidades, produção de vídeo, pintar, decorar, ajudar na limpeza e jardinagem.

O ilustrador e escritor Estevão Ribeiro, de 39 anos, morador de Niterói, teve uma experiência similar em julho do ano passado para ir a Feira Internacional de Livros de Paraty (Flip), no Costa Verde do estado do Rio. “Por causa da crise, um freela era raridade. Não havia perspectiva de melhora e então, o evento se aproximava e eu não tinha dinheiro. Eu fui e fiquei seis dias na casa de um site que eu colaboro. Tomava café da manhã na casa, almoçava algum PF e a janta era no happy hour da casa. Pagando a estadia fazendo ilustrações dos convidados no happy hour. Eu tinha só R$ 100 no cartão e R$ 50 em dinheiro”, lembra Estevão. 

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