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Um furacão chamado Jair Bolsonaro

Presidenciável mudou cenários políticos em todo Brasil

Por Robson Machado em 07/10/2018 às 23:41:20

Bolsonaro transformou o cenário político nacional (Foto: Jorge Hely)

Nas eleições mais polarizadas da nossa história, um nome ditou o ritmo. Jair Messias Bolsonaro, 63 anos, candidato à Presidência da República pelo PSL, comprovou nas urnas a força que as pesquisas - e as ruas - já vinham sinalizando. Com mais de 46% dos votos válidos( 49 milhões de votos), o capitão reformado do Exército garantiu, com muita folga, presença no segundo turno da disputa presidencial. Fernando Haddad (PT), com 29% dos votos válidos (31 milhões de votos), será o adversário. "Me sinto desafiado pelos números do resultado, que são bastante expressivos", declarou o Haddad, se referindo ao resultado do primeiro turno. 

DISCURSO 

Depois da apuração, Bolsonaro não se pronunciou de forma presencial, mas fez uma transmissão pela internet, onde declarou: "Para quem não tem tempo de TV, é de partido pequeno e esteve hospitalizado nos últimos dias, é uma grande vitória, Ganhamos em 4 regiões, perdemos no nordeste. Quero que o nordeste fique livre da coação que o PT faz ao nordeste. Vamos ampliar essa vantagem e venceremos também no segundo turno. o Brasil teve uma experiência de 13 anos com o que tivemos de pior na política. Nosso país está a beira do caus. Não podemos mais dar um passo para a esquerda. Mais de 300 parlamentares já hipotecaram solidariedade a nós. Temos que unir os cacos que nos fez os governos passados. Vamos unir o nosso povo. Unidos seremos uma grande nação. Vamos jogar pesado na questão da segurança pública. Vamos colocar um ponto final em todo o ativismo no Brasil. Vamos valorizar a família. Vamos sim, mudar o Brasil." 

O FURACÃO BOLSONARO 

Como um furacão, Bolsonaro não somente devastou os adversários nesta primeira etapa da corrida presidencial como também alavancou a campanha de aliados que disputavam vaga no Congresso e que disputam o governo de alguns estados. No Rio de Janeiro, a candidatura de Wilson Witzel (PSC) era discreta. Mas bastou o ex-juiz federal declarar apoio a Bolsonaro para avançar surpreendentemente na disputa e, também com muita folga, garantir presença no segundo turno do pleito. Eduardo Paes (DEM) será o adversário de Wilson Witzel. Ainda no Rio, Flávio Bolsonaro (PSL), com mais de 4 milhões de votos, chega com muita força ao Senado, deixando de fora o senador Lindbergh Faria, do PT, que tentava a reeleição. Para deputados federais, o partido emplacou 12 eleitos, com a força do 'Mito", como a militância o chama. Na disputa aso governos de Minas Gerais e São Paulo, Romeu Zema (Novo) e João Doria (PSDB), respectivamente, foram para o segundo turno e também serão aliados de Bolsonaro.   

Na disputa que candidatos paulistas travaram para o Senado, também "deu Bolsonaro".  Major Olímpio, candidato do PSL, mesmo partido do presidenciável, ficou com uma das vagas, batendo nomes fortes, como o de Eduardo Suplicy (PT), que ficou de fora. Ainda em São Paulo, o ator Alexandre Frota, também do partido de Bolsonaro, garantiu uma vaga de deputado federal. Eduardo Bolsonaro, filho do presidenciável, idem. com 2 milhões de votos, Eduardo se tornou o deputado federal mais votado da história Por praticamente todo o país, Jair Bolsonaro garantiu a eleição de aliados que vão fortalecer a base de seu eventual governo. 

CAMPANHA NAS REDES SOCIAIS

Sem muito tempo de TV, a campanha de Bolsonaro transformou as redes sociais em um gigantesco palanque eletrônico. E deu certo! Meses antes do período de divulgação da propaganda eleitoral, uma enxurrada de conteúdo envolvendo o nome do candidato tomou conta da grande rede. Declarando amor ou ódio, o fato é que todo mundo falava de Bolsonaro, que se apresenta aos eleitores como o único político honesto, num cenário em que muitos de seus adversários - ou seus respectivos partidos - enfrentam acusações de corrupção. 

ATENTADO, COMOÇÃO E AUSÊNCIA NOS DEBATES

Em plena campanha neste primeiro turno, todos se lembram, Bolsonaro sofreu um grave atentado. Ao ser esfaqueado quando fazia corpo a corpo pelas ruas de Juiz de Fora - MG, o candidato acabou, involuntariamente, atraindo mais atenção. Houve até um momento de trégua e compaixão por parte dos adversários, mas os ânimos voltaram a ficar acirrados quando Bolsonaro, alegando determinação médica, não participou do debate promovido pela TV Globo, na reta final do primeiro turno. No mesmo dia do debate, entretanto, ele concedeu uma longa entrevista à TV Record. Os adversários o acusaram de fugir do embate.  No segundo turno da eleição presidencial, Bolsonaro e Haddad terão o mesmo tempo de propaganda eleitoral gratuita. O candidato que venceu o primeiro turno ainda não confirmou presença nos próximos debates
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