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Dia de Finados: especialista diz como lidar com a dor da morte

Psicóloga e terapeuta comportamental Simone Rosa fala como entender e passar pelo luto

Por Portal Eu, Rio! em 01/11/2021 às 11:12:14

Foto: Divulgação

O Dia de Finados é uma data marcante para milhões de pessoas no Brasil. Os cemitérios de todo o pais ficam lotados. Pessoas que levam flores, prestam homenagem e rezam pelos parentes e amigos que já se foram. Perder alguém que se ama nunca é fácil. Como passar por esse momento sem cair em depressão ou ter crise de ansiedade ou pânico? Como digerir a morte da forma mais saudável, principalmente nesse momento em que a morte chegou para muitos de forma inesperada e, em alguns casos, dizimando várias pessoas de uma mesma família?

Para Simone Rosa, psicóloga e terapeuta comportamental, embora a morte seja a certeza da vida, esse é um assunto que ninguém se sente confortável para abordar.

"Sabemos a hora, o dia, o momento em que uma criança vai nascer, mas o mesmo domínio não temos com o episódio da morte. Contudo, é necessário entender que o luto é um processo totalmente natural de dor e sofrimento que demonstra reações emocionais como tristeza, raiva e, até mesmo, culpa".


Simone Rosa, psicóloga. Foto: Divulgação

O estágio mais crítico para o enlutado é o primeiro ano, a etapa de adaptação da ausência da pessoa. Simone explica que admitir esse processo é a forma mais funcional e saudável para passar por essa fase.

"Não ter a pessoa nas comemorações e acontecimentos importantes, como primeiro aniversário, primeiro natal, entre outros eventos, é um momento muito delicado. Admitir e acolher esse processo é a forma mais funcional e saudável para passar por essa etapa. Por isso, é importante que conheçamos as fases que ele contém e o estilo de pensamentos disfuncionais apresentados"

As fase são: negação/isolamento, quando o pensamento é "não é possível, não acredito que isso acontece, isso é mentira"; raiva: "por que isso foi acontecer? Isso não é justo!"; barganha, a necessidade de se apegar a algo para fugir da dor; depressão: "não tenho como trazer ele de volta, minha vida será triste, nada faz sentido, nada tem graça"; e aceitação: "preciso cuidar da minha vida, continuar meu trabalho".

Simone explica que finalizar o luto não significa que você não sentirá mais falta da pessoa, mas que houve reorganização de sua vida e que, agora, você já tem os recursos para dar prosseguimento à sua rotina, sem culpa.

"É importante destacar que o luto torna-se patológico quando se estende por mais de 12 meses, ocasionando prejuízos psicológicos e físicos, além de danos laboral e social. Nesse caso é necessária a busca de um psicólogo para que o processo terapêutico possibilite a ressignificação desse processo para que a pessoa consiga retornar ao seu cotidiano de forma saudável", conclui.

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