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Novembro Azul inicia com ações sobre os cuidados e prevenção ao câncer de próstata

Doença é o segundo tipo de câncer mais comum entre homens

Por Portal Eu, Rio! em 02/11/2021 às 13:12:58

Foto: Pixabay

Um novo mês teve início e com ele também começa uma série de ações sobre o Novembro Azul, destinado aos cuidados e prevenção ao câncer de próstata. No Brasil, a doença é o segundo tipo de câncer mais comum entre os homens, atrás apenas do câncer de pele não-melanoma, com 65,8 mil novos casos por ano, de acordo com dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA). E em 2021 a campanha chega à importante marca de dez anos de existência. Por isso, diferentes iniciativas serão realizadas nos próximos dias destacando essa conscientização.

Para celebrar o aniversário de uma década, o Instituto Lado a Lado pela Vida (LAL) lança a campanha “Cuide do que é seu”, criada pela AlmapBBDO. Durante todo o mês de novembro, serão realizadas inúmeras ações para alertar sobre a importância de adotar hábitos saudáveis, do diagnóstico precoce e da realização dos exames necessários para detectar o câncer de próstata e outras enfermidades.

Há 10 anos, o LAL vem lembrando aos homens sobre a importância de cuidar da própria saúde. E é disso que a campanha do Novembro Azul deste ano fala. As peças mostram a importância deles assumirem esse papel de protagonismo e lembrarem, de uma maneira geral, das coisas que parecem que esquecem – mas não deveriam -, como fazer exames preventivos e procurar médicos com regularidade.

Outra iniciativa do instituto é o 0800 do Homem, serviço que estará disponível a partir desta quarta (3 de novembro) através do telefone 0800 222 2224). A proposta é fazer do contato um canal de comunicação com o público masculino, que conta com o portal do LAL; o Fale Conosco, via e-mail; um serviço de atendimento por WhatsApp; e os Mutirões da Saúde. De acordo com o Instituto, em 2020, ano impactado pela pandemia da covid-19 foram realizados 7.400 atendimentos por WhatsApp, 45% dos contatos foram feitos por homens que buscavam informações variadas sobre saúde, sendo a maioria para esclarecimento de dúvidas sobre sexualidade, impotência, lesões nos genitais e câncer de próstata.

Atenção aos sintomas

Mesmo com inúmeras campanhas de conscientização, muitos homens se recusam a fazer o exame do toque retal, considerado o mais eficiente, por causa do preconceito. E é aí que mora o perigo, pois muitos não se atentam aos sintomas que podem indicar o início da doença, como a dificuldade para urinar, hesitação e urgência para urinar e, em casos mais extremos, sangue na urina. Por isso que o médico Gustavo Guimarães, oncologista cirúrgico da Beneficência Portuguesa de São Paulo, alerta para a importância da prevenção e do diagnóstico precoce.

“Não espere chegar a ter sintomas do câncer de próstata, pois isso significa que sua doença já está avançada. É preciso agir antes e se prevenir”, explica que o médico, ressaltando a importância da rotina de consulta com o urologista é recomendada a partir dos 45 a 50 anos para o rastreamento e detecção precoce do câncer de próstata, unindo os exames de PSA e do toque retal.

“Dependendo de combinações, podemos indicar outros exames para avaliar melhor a próstata, como a ressonância ou exames de imagem como o ultrassom. Se a suspeita for grande, será solicitada ainda uma biopsia da próstata”, afirma Guimarães.

Segundo Dr. Luiz Otávio Nazar, médico especialista em Urologia Do Hospital de Clínicas do Ingá e Membro Titular da Sociedade Brasileira de Urologia, para descobrir o câncer de próstata é preciso fazer uma série de exames e o tratamento indicado varia de acordo com o estágio da doença.

“Se a doença for diagnosticada no estágio inicial, a cirurgia é a primeira opção por oferecer maior potencial de cura dentre as modalidades de tratamento disponíveis. Outras formas do tratamento envolvem a radioterapia, braquiterapia e hormonioterapia indicada para casos mais avançados”, explica Nazar.

O médico lembra que existem diversos fatores de risco que envolvem etnia (pessoas da raça negra), idade, pessoas com histórico da doença na família. Além de outros fatores como tabagismo, obesidade, sedentarismo, alterações genéticas e má alimentação.

“Pacientes com familiares de primeiro grau que tiveram (pai, tio, irmão) câncer de próstata têm 10 vezes mais chance de desenvolver esse tipo de câncer do que a população normal. Então casos na família são um alerta para a predisposição à doença”, afirma Nazar lembrando que hábitos de vida saudáveis e o exame preventivo anual são os fatores chave para uma chance de cura infinitamente maior.


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