Em menos de 24 horas, é a segunda vez que o prefeito toma uma decisão polêmica, gerando uma enxurrada de críticas nas redes sociais, partidas em grande proporção de adversários da vacinação e do distanciamento social, como o ex-ministro Osmar Terra e o jornalista e escritor Guilherme Fiúza. Na sexta-feira, Eduardo Paes anunciou à tarde o recuo de uma exigência publicado no Diário Oficial do Município pela manhã, a do passaporte sanitário para acesso a shoppings, táxis e veículos de aplicativos. Na nova versão, a restrição de aplica a academias e ambientes fechados, como teatros e cinemas, mas não a shoppings e meios de transporte.
O cancelamento do Revéillon traz prejuízos de grande proporção aos hotéis, restaurantes, aplicativos de hospedagem e serviços associados ao evento, que ultrapassou o Carnaval como fonte de recursos à cidade, nos atos imediatamente anteriores à pandemia. Por conta disso, Alan Lopes anunciou no Twitter a disposição de mover uma ação popular contra o passaporte sanitário e convocou uma manifestação, alegadamente contra a exigência do certificado de vacinação.
No Rio, a aplicação da primeira dose já ultrapassa 90% da população adulta, e o ciclo completo, com as duas doses ou a dose única, se aproxima dos 80%. Poucas cidades do Estado, mesmo no Grande Rio, alcançam esse patamar, o que ajuda a explicar a maior cautela do Comitè Científico que assessora o secretário estadual de Saúde, Alexandre Chieppe.