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Mesclando política, romance e história, desembargador lança livro no Leblon nesta sexta (10)

Gustavo Grandinetti é o autor da obra Romances no Trem da História

Por Portal Eu, Rio! em 09/12/2021 às 17:34:28

Foto: Divulgação

O desembargador e professor de Direito da Uerj, Gustavo Grandinetti, lança, na sexta-feira, 10 de dezembro, às 18 horas, na Livraria Argumento do Leblon, o livro Romances no Trem da História. Como o título da publicação sugere, trata-se de um romance histórico que percorre três épocas em quatro países e envolve duas personagens principais, com seus encontros e desencontros amorosos, alegrias, sonhos, tristezas e frustrações políticas. O autor conta que começou a escrever o livro em 1987, ainda numa máquina datilográfica, mas hoje, devido ao atual cenário político resolveu finalizar sua obra. O autor também é o responsável pela arte da capa, que é reprodução de uma pintura em óleo de sua própria autoria

“Depois de quase trinta anos de gaveta, comecei a digitá-lo e me animei a terminá-lo no ano passado. Trata-se de uma obra de ficção, com base em alguns fatos históricos e personagens reais. É conveniente avisar aos leitores quais são esses personagens. No capítulo 1, são eles Fidel Castro e Nicolás Guillén. O primeiro é sobejamente conhecido. Seus discursos, no romance, foram extraídos de falas verdadeiras, de amplo conhecimento público, especialmente do seu discurso na ONU em 26/09/1960. Já Nicolás Guillén foi um poeta cubano, muito festejado e querido em seu país. O retrato à óleo que Cândido Portinari pintara e lhe dera de presente é realidade. Eu mesmo tive a emoção e o privilégio de vê-lo pendurado na sala do poeta Guillén, em 1988, quando fui a Havana tirar a foto para trazê-la a João Portinari, filho do pintor, que estava catalogando a obra do pai para o Projeto Portinari (nem se sonhava com internet e com foto digital)’’, diz o escritor.

Grandinetti explica que os capítulos 2 ao 4 são muito parecidos com situações políticas que ele acompanhou em mais de um país, inclusive o Brasil.. No segundo capítulo ele trata de situações envolvendo a disputa pela independência de Angola. Já o capítulo seguinte, fala sobre outro acontecimento também relacionado com a história de Portugal, desta vez fala sobre a Revolução do Poto de 1974.

O escritor conta ainda que no capítulo 4 muitos dos personagens do romance são as pessoas públicas que participaram do processo político brasileiro e que conduziram o Brasil para a redemocratização.

“A fala de Tancredo Neves, no livro, é o discurso que ele proferiu quando venceu a eleição indireta para a Presidência da República. Os acontecimentos que levaram a essa trajetória também foram narrados de maneira fiel aos fatos históricos documentados. Dentre as fontes pesquisadas, vale citar a coleção de Elio Gaspari, A Ditadura, da Editora Intrínseca, de 2016. Tirando esses personagens e esses fatos históricos tudo o mais é ficção. Não é ficção, contudo, o anseio, muito concreto, real e verdadeiro, por um país melhor e mais tolerante’’, explica Gustavo Grandinetti.

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