O candidato do PSL à Presidência, Jair Bolsonaro, afirmou nesta quarta-feira que já está com a mão na faixa presidencial e que o adversário na disputa pelo Palácio do Planalto, Fernando Haddad (PT), "não vai tirar (a diferença de) 18 milhões até daqui a dois domingos".
A declaração foi dada após visita à sede da Superintendência da Polícia Federal, no Rio. Bolsonaro disse ainda que PT e Haddad estão "apavorados" e "perdidos", e que ação apresentada pela coligação do petista nesta quarta-feira junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) confirma o desespero do oponente.
A coligação de Haddad pede para o TSE apurar suposto abuso de poder econômico por parte do candidato do PSL, Jair Bolsonaro, à Presidência da República. A defesa do petista aponta colocação "de forma ilegal" de dezenas de outdoors pelo Brasil. O vice de Bolsonaro, general Hamilton Mourão (PRTB), também é alvo da ação.
A coligação de Haddad pede, ao fim das investigações, que seja declarada a inelegibilidade de Bolsonaro para os próximos oito anos seguintes à eleição de 2018.
Presença em debates depende dos médicos
Enquanto isso, Bolsonaro disse que sua presença em debates vai depender da liberação dos médicos responsáveis por seu tratamento após ter sido esfaqueado em um ato de campanha em Juiz de Fora (MG) no mês passado. Ele admitiu que sua presença ou não faz parte de sua estratégia de campanha.
"Agora eu vou debater com um poste, um pau mandado do Lula? Tenha santa paciência", declarou Bolsonaro. "Tudo na política é estratégia. O Lula não compareceu a debate. O último da Rede Globo, não sei se foi em 2006 ou 2010. Entra tudo no meio, eu decido em equipe", comentou.
Em seguida, ele destacou a vantagem que as pesquisas têm apontado a seu favor.
"Nós estamos com uma mão na faixa, é verdade. Pode até não chegar lá, mas estamos com uma mão na faixa. Ele não vai tirar 18 milhões de votos de agora até daqui a dois domingos", disse em tom de comemoração.