Em junho de 2021, o Brasil ainda enfrentava inúmeras incertezas sobre o futuro por causa das estatísticas ainda preocupantes com a pandemia de covid-19, que apresentavam à época uma média diária de mortes superior a mil. Nessa mesma época, uma moradora de Santa Cruz, na Zona Oeste do Rio optou por vender algumas roupas que não usava mais, porém que se encontravam em bom estado. O que ela não imaginava é que seria o início de um próprio negócio. E seis meses depois, Isabela Monteiro, de 32 anos, celebra que o projeto tenha se tornado em um brechó consolidado, o "Botei Pra Vender".
Isabela conta que objetivo inicial era apenas o de vender algumas roupas que já não utilizava mais. No entanto, o movimento foi crescendo nas mídias sociais e no boca a boca, que hoje virou sua principal fonte de renda.
"A ideia era bem simples: desapegar de algumas peças do guarda-roupas para ter um retorno financeiro. Mas percebi que muitas pessoas começaram a me procurar para que eu vendesse seus desapegos e hoje somos um grupo de mais de 20 fornecedoras. Todo mundo quer vender algo que não usa, mas maioria não quer ter o trabalho de fotografar, divulgar, fazer a logística de entregar, cobrar, etc. Enxerguei então a oportunidade de solucionar esse velho dilema de 'quero desapegar mas não tenho tempo. E eu faço isso numa boa, ganhando comissão por oferecer o serviço", explica Isabela.
Ajuda para ONGs e fotos para exposição nas redes sociais
Nos seis meses de funcionamento o Botei Pra Vender já arrecadou mais de 200 peças, que foram distribuídas para pessoas em situação de vulnerabilidade ou ONGs, e já negociou quase 500 itens, entre acessórios e roupas. Diante do crescimento do negócio, o Botei Pra Vender já promove até mesmo ensaios fotográficos profissionais para expor os produtos.