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Médico explica como se adaptar ao horário de verão

É preciso adotar novos hábitos antes da chegada do novo horário.

Por Claudio Rangel em 18/10/2018 às 00:30:37

Médico recomenda desde já ir acordando meia hora antes e ampliar o intervalo aos poucos.

Apesar dos pedidos de adiamento, o governo confirmou o início da vigência do horário de verão para 4 de novembro, dia da primeira prova do Enem. Ruim para os estudantes, que devem se esforçar para chegar no horário certo e com tranquilidade para o exame. O doutor Rui Bocchino, clínico geral da Paraná Clinicas, recomenda desde já ir acordando meia hora antes e ampliar o intervalo aos poucos até o momento da entrada em vigor do novo horário.

Bocchino explica que as duas primeiras semanas do novo horário são as piores em termos de adaptação. A nova condição afeta o ritmo circadiano do indivíduo - como é chamado o período biológico de um dia. Por isso, defende adaptação gradativa às novas circunstâncias:

"A gente não está habituado a fazer isso. A mudança interfere no ritmo da população. É preciso duas semanas de adaptação. Mas antes de 4 de novembro, a pessoa já pode começar a se adaptar e ir acordando meia hora antes, depois 45 minutos, até chegar a uma hora mais cedo", explica.

Efeitos nocivos

Entre os problemas principais causados pela perturbação do sono, Rui Bocchino alerta para os acidentes de trabalho. O clínico explica que dormir pouco afeta a concentração e provoca perda de produtividade.

Os profissionais mais afetados são aqueles que necessitam de maior concentração, como motoristas profissionais, trabalhadores com máquinas pesadas. A perda de sono provoca dificuldades de concentração. "Não parece muito, mas perder uma hora de sono pode causar dificuldades", destaca.

Os idosos também enfrentam dificuldade de adaptação ao novo horário. Deve-se ter maior cuidado em atividades que exigem concentração mais intensa. Quem trabalha em escritório, por exemplo, tem mais facilidade de adaptação do que um motorista ou um profissional que opera máquinas.

Outras pessoas que sentem os efeitos negativos do horário de verão são aquelas que costumam viajar para cidades de fusos diferentes. Rui Bocchino diz que esses efeitos atingem menos aqueles que realizam viagens esporádicas. As dificuldades maiores atingem quem está constantemente viajando entre cidades com fusos diferentes, como motoristas de carga, por exemplo.

Soluções

Tal início, tal final. Segundo o Rui Bocchino, o término do horário de verão é outro momento que exige readaptação ao ritmo circadiano. E deve ser encarado da mesma forma, com uma adaptação gradativa dos hábitos de vida ao longo de algumas semanas.

Clínico geral de atuação em Curitiba (PR), Bocchino explica que um hábito de vida saudável interfere no sono. A começar pela comida que ingerimos:

"Evidente que uma alimentação liquida balanceada e atividade física contribui para um sono adequado. O ideal é evitar comidas pesadas, ingerir bastante líquido durante o dia, beber água, etc. isso ajuda na fase de adaptação ao horário de verão", conclui.

Foto: Juanedec/Wikipedia

Legenda: Preparar-se para o horário de verão é a melhor maneira de evitar problemas da falta de sono

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