TRE anuncia medidas para evitar longas filas no segundo turno das eleições

No último dia 7 de outubro, na votação em primeiro turno, os eleitores fluminenses se depararam com longas filas – alguns ficaram mais de uma hora em alguns locais – para votar. Entre as causas apontadas, além do maior número de cargos, a redução de zonas eleitorais determinada pelo Tribunal Superior Eleitoral como medida de economia e a identificação através de biometria, já que muitos não tinham feito ainda. Sem falar nas urnas que deram defeito e tiveram que ser substituídas. Por isso, o Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE-RJ) anunciou uma série de medidas para evitar tais problemas no segundo turno, no próximo dia 28.

Para começar, os mesários que atuaram no primeiro turno receberão novo treinamento, focado nas orientações sobre procedimentos relacionados à biometria e organizar as prioridades na fila, o que não ocorreu no primeiro turno. Eles receberão uma nova cartilha, elaborada pela Corregedoria Regional Eleitoral, com informações sobre a assinatura dos eleitores no caderno de votação (inclusive os identificados biometricamente) e a proibição de qualquer manifestação política por parte dos mesários. Será mantido o número de quatro mesários por seção eleitoral.

As zonas eleitorais devem ainda evitar sempre que possível, instalar mais de uma seção eleitoral na mesma sala, ou pelo menos reduzir a quantidade de seções no mesmo espaço. Não deve ser formada fila única para mais de uma seção. Na entrada dos locais de votação serão afixados cartazes com informações sobre as seções eleitorais e eventuais mudanças na numeração delas. Os prédios que funcionaram como locais de votação nas eleições de 2016 e que não serão mais usados para este fim terão sinalização do novo endereço ao qual os eleitores devem se dirigir.

Também para evitar filas, haverá reforço de servidores do TRE com experiência em pleitos anteriores, para auxiliar a organizar filas e esclarecer dúvidas dos eleitores. Além disso, os locais de votação terão cartazes afixados na parede alertando o eleitor sobre a importância de esperar aparecer a foto do candidato votado antes de digitar a tecla “Confirma”, bem como sobre o aproveitamento dos dados biométricos dos eleitores que possuem carteira de identidade emitida pelo Detran-RJ.

O TRE também vai atuar nas suas redes sociais, orientando a ordem de votação, como funciona uma urna eletrônica e a importância de o eleitor consultar o local de votação no site do Tribunal (www.tre-rj.jus.br), e implantar o aplicativo e-Título no aparelho de telefone celular.

Na hora de se identificar para votar usando as digitais, o eleitor que não conseguir a identificação delas após quatro tentativas, poderá votar após a liberação do mesário, que usará a própria digital e assim o eleitor poderá votar na urna. Independente de possuir ou não o cadastro biométrico, todo eleitor vai assinar o caderno de votação. O objetivo é evitar “questionamentos infundados”, segundo o TRE.

Urnas substituídas no primeiro

 Segundo o TER, em todo o estado no primeiro turno foram substituídas 990 urnas, o equivalente a 2.9% do total de 33.901 urnas usadas nos 92 municípios fluminenses. Devido à instabilidade do sistema do TSE, que registra tais ocorrências, muitas zonas eleitorais só conseguiram informar o ocorrido posteriormente. A maior quantidade de substituições ocorreu na cidade do Rio, com 523; seguida de Nova Iguaçu, com 98 e São João de Meriti, 61.