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Cardiologista detalha forma segura para praticar exercícios físicos

Chefe da Unidade Coronariana do Hospital Icaraí, em Niterói, destaca necessidade de avaliação médica

Por Portal Eu, Rio! em 08/01/2022 às 10:30:00

Cláudio Catharina destaca a importância de se realizar exercícios físicos, de maneira segura. Foto: Divulgação

Com a chegada do verão, muitas pessoas que nunca praticaram exercícios físicos estão literalmente correndo para academias, praças e espaços públicos, a fim de recuperar o tempo perdido.

Mas, segundo Claudio Catharina, gestor de Cardiologia da Unidade Coronariana do Hospital Icaraí, as pessoas precisam primeiramente ter em mente que atividade física é diferente de exercício físico.

Atividade física, segundo o médico, é qualquer atividade corporal produzida pelos músculos e que resulta no gasto de energia. Já o exercício físico é uma atividade física estruturada, repetitiva, que tem como objetivo a manutenção ou melhoria do condicionamento físico, da estética corporal ou da saúde.

“Na verdade, praticamos exercício físico e não atividades físicas”, esclarece o médico.

Avaliação clínica é fundamental

Antes de dar início a um exercício físico regular, Cláudio lembra que é necessário passar primeiramente por uma avaliação médica, por qualquer clínico ou cardiologista, que muitas vezes não precisará pedir exames complementares.

“Se esse exercício físico não for competitivo, ou seja, se o indivíduo não vai praticar um esporte regular e for apenas para sair do sedentarismo, o bem-estar ou saúde, basta uma autodeclaração de que não apresenta uma série de sintomas durante o exercício”, explica, lembrando que todas as academias são obrigadas a aplicar esse questionário para que o aluno informe sobre dores durante os exercícios.

"Se responder positivo para algumas dessas perguntas (dor no peito, cansaço, desmaio), a pessoa deverá passar por uma avaliação médica. Através dessa avaliação, o médico vai detectar as dificuldades. Como os níveis dos exercícios variam de 1 a 10, o indivíduo pode praticar um exercício de nível 3 com segurança”, complementa.

A solicitação de exames, segundo Cláudio, também pode variar e vai depender da avaliação clínica do médico, por exemplo simples exame físico, dosagem de glicose, hemograma, eletrocardiograma. De acordo com o especialista, raramente haverá a necessidade de uma investigação mais profunda, como teste de esforço, ecocardiograma e outros. A não ser que o indivíduo tenha uma doença cardíaca estabelecida, assim será necessário fazer outros exames.

Tenho problema no coração: posso fazer exercícios?

Se for constatado que a pessoa sedentária tem problemas no coração, ela poderá realizar o exercício físico. Porém, a gravidade da doença vai definir se o exercício poderá ser feito dentro de uma academia ou em clínica de reabilitação cardíaca com a presença de cardiologista, fisioterapeuta, nutricionista ou outros profissionais que atendam pacientes com casos mais graves.

“Dependendo da gravidade da doença, esse exercício precisa ser monitorado por uma equipe médica multidisciplinar. E geralmente esse grupo de pacientes envolve pessoas com arritmias complexas, que apresentam angina ao fazer esforço, principalmente após terem feito cirurgia de ponte de safena, paciente com angioplastia, doença estrutural do coração, doença de válvula grave, entre outras,” explica.

Cláudio lembra ainda que, a princípio, qualquer pessoa pode praticar exercício físico, sendo que é dever do médico adaptar o tipo de exercício e intensidade à capacidade de cada indivíduo.

“O sedentarismo nunca é estimulado por nenhum médico, a não ser em casos extremos em que o paciente esteja muito fragilizado”, conclui.

Fonte: Goldoni Conecta

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