Entidades condenam atos de violência motivados por política

Instituições civis se posicionam e emitem nota conjunta classificando como “inquietantes episódios” fatos ocorridos nos últimos dias relacionadas com o processo eleitoral, como agressões verbais ou físicas e algumas fatais. A nota conjunta é assinada pelas entidades OAB, ANAMATRA, CNBB, ANPT, SINAIT, ABRAT E FENAJ.

A nota repudia toda manifestação de ódio, violência, intolerância, preconceito e desprezo aos direitos humanos, sob qualquer pretexto, contra indivíduos ou grupos sociais. Classifica como imperiosa a preservação de um ambiente sociopolítico ético, democrático, de diálogo, com liberdade de imprensa, livre de constrangimentos e de autoritarismos, da corrupção endêmica, do fisiologismo político, do aparelhamento das instituições e da divulgação de falsas notícias como veículo de manipulação eleitoral.

O texto reafirma o compromisso com a Constituição Federal de 1988. Através da nota conjunta, as entidades recusam qualquer tentativa de ruptura com o atual espírito constitucional e manifestam a defesa incondicional dos direitos fundamentais sociais, trabalhistas e a democracia brasileira.

Presidente da OAB é contra extremismos

Durante coletiva de imprensa no TSE, o presidente do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Claudio Pacheco Lamachia, afirmou que o Brasil precisa vencer os extremismos de direita e de esquerda:

“O momento que vivemos hoje é importantíssimo para o Brasil. Essa eleição é, sem dúvida nenhuma, depois da redemocratização, a eleição mais importante de nosso país. Precisamos que todos acreditem na higidez do sistema. Precisamos acreditar nas instituições. A OAB é a maior instituição da sociedade civil organizada do Brasil, com mais de um milhão e cem mil advogados. A OAB tem como missões a defesa da Constituição, da democracia, a representação da sociedade, os direitos humanos e acima de tudo a defesa de nossas instituições. É isso que a OAB tem de fazer como força daquilo que é estabelecido na Constituição Federal e a lei”.