O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações, astronauta Marcos Pontes, participou nesse domingo (9) de um evento em homenagem ao Dia do Astronauta, em companhia do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, e do presidente da Agência Espacial Brasileira (AEB), Herbert Kimura, que anunciou a participação brasileira no projeto Artemis, da NASA, que vai enviar uma mulher e um homem negro à Lua, em 2024.
O Ministério promoveu no Planetário de Brasília uma série de atividades para toda a família com entrada gratuita, incluindo exibição de filmes, uma exposição sobre a Missão Centenário; oficinas de confecção e lançamento de foguetes de garrafa pet e dobraduras de nanossatélites.
No Planetário, o ministro foi recepcionado por muitos fãs, especialmente crianças, que formavam filas para tirar fotos com o astronauta brasileiro. Em seguida o ministro participou de sessão especial com exibição de filme sobre a Missão Centenário.
O ministro parabenizou o trabalho da equipe do Planetário e das pessoas que compareceram e falou da importância do evento. “É isso que queremos: a ciência trabalha para resolver problemas do dia a dia, mas também temos os olhos no futuro. Temos que trazer a motivação para os jovens, que serão os médicos, engenheiros, sociólogos e vão trabalhar lá na frente com novas tecnologias”.
Marcelo Queiroga, ministro da Saúde, ressaltou a importância da profissão. “Os astronautas nos trouxeram uma nova perspectiva de desenvolvimento da ciência e da tecnologia”, disse. “Ter uma pessoa como Marcos Pontes à frente do MCTI é a garantia de que, como Neil Armstrong, com pequenos passos, vamos dar um salto maior para a humanidade.”
O presidente substituto da AEB/MCTI aproveitou a oportunidade para fazer um breve panorama do Programa Espacial Brasileiro. “Nunca estivemos tão próximos de alcançar a sinergia necessária para nos desenvolvermos no mercado espacial, 2022 será um ano cheio de projetos e vitórias para o setor.”
O projeto Artemis, da Agência Espacial Americana (NASA), pretende levar a primeira mulher e o primeiro homem negro à Lua em 2024 e estabelecer as bases para uma missão à Marte. O Brasil faz parte do programa por meio da assinatura de um acordo de cooperação em junho de 2021, no Palácio do Planalto.
Desde 2019, o MCTI também tem feito avanços no Programa Espacial Brasileiro para uso comercial do Centro Espacial de Alcântara, no Maranhão. Após duas décadas parado, devido a um acidente que causou a morte de cientistas brasileiros, houve a aprovação do Acordo de Salvaguardas Tecnológicas (AST) com os Estados Unidos, que autoriza o Brasil a lançar equipamentos que contenham componentes americanos. Também foram lançados os satélites Amazonia-1, totalmente projetado, integrado, testado e operado pelo Brasil, e o satélite Sino-Brasileiro de Recursos Terrestres (CBERS-4A).
