Com RJ estável, Fiocruz alerta que alta na ocupação de leitos de UTI é crítica em um estado e quatro capitais

Comparado a agosto de 2021, quando atingiu mais de mil internações ao mesmo tempo, estado hoje tem apenas 12% dos leitos intensivistas ocupados

Por Renato Graciano em 13/01/2022 às 14:58:25

Guimarães, da ENSP, reforça a importância de adotar "medidas de proteção individual". Foto: Divulgação

O Observatório Covid-19 divulgou ontem, quarta-feira (12), uma nota técnica alertando para o aumento da ocupação de leitos de UTIs, em toda a rede SUS. O boletim afirma que um estado e quatro capitais estão em situação crítica. Segundo a análise, o Rio de Janeiro aparece com 12% dos leitos ocupados e é um dos 16 estados incluídos em cenário considerado bom.

O boletim fez uma comparação com o dia 2 de agosto de 2021 para ilustrar que quase dez estados e dez capitais se encontram em alerta intermediário ou crítico.

Na última segunda-feira (10), por exemplo, o estado do Rio de Janeiro possuía 161 pacientes internados pelo SARS-CoV-2, segundo o boletim. Situação diferente de quase seis meses atrás, quando o estado atingia 1176 internações, a uma taxa de ocupação de 61%.

Raphael Guimarães, pesquisador da Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP) e do Observatório Covid-19, destacou os cuidados que devem ser tomados para frear o aumento de casos de Covid-19.

"Neste momento, é fundamental manter medidas de proteção individual, como a higienização constante e o uso de máscaras, a vacinação e a adoção do uso do passaporte vacinal por parte dos estabelecimentos", disse.

O boletim mostra que o estado de Pernambuco está na zona de alerta crítico, com 82% de ocupação de leitos de UTI para Covid. Além disso, capitais como Fortaleza (88%), Recife (80%), Belo Horizonte (84%) e Goiânia (94%) estão com a lotação da rede pública de saúde em alta devido à disseminação da variante Ômicron.

"Consideramos fundamental ratificar a ideia de que temos um outro cenário com a vacinação e as próprias características das manifestações da Covid-19 pela Ômicron. Por outro lado, não podemos deixar de considerar o fato de a ocupação de leitos de UTI hoje também refletir o uso de serviços complexos requeridos por casos da variante Delta e casos de Influenza", ressaltam os pesquisadores no boletim.

Acesse a nota técnica clicando aqui.