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Milícias tentaram se infiltrar na política na Baixada Fluminense

Por Mario Hugo Monken em 27/06/2018 às 09:57:25


Pelo menos dois chefes de grupo paramilitares desarticulados nos últimos meses pela polícia e Ministério Público Estadual foram candidatos a vereador em municípios da região. Um deles é um PM conhecido pelo apelido de Zebu. Ele concorreu a uma vaga na Câmara Municipal de Mesquita em 2016. Não foi
eleito.

Segundo as investigações do Ministério Público, ele comandava uma milícia que atuava na cidade que praticava extorsões, sob o pretexto de oferecer uma “suposta segurança”.Uma testemunha afirmou que passou a sofrer cobranças e que o grupo impôs o pagamento de uma taxa para cada uma das lojas que ele possuía, totalizando R$ 1.000,00 semanais pelas duas lojas.

Ao se recusar a pagar a taxa de segurança, a vítima, que também é policial militar, sofreu uma emboscada praticada por integrantes da quadrilha liderada por Zebu. Um amigo que o acompanhava foi atingido por disparos e morreu no local. A DHBF abriu inquérito para investigar o homicídio.

De acordo com as investigações da DRACO (Delegacia de Repressão às Ações Criminosas e Inquéritos Especiais), o grupo era suspeito de explorar vários serviços.

Além de cobrar pela taxa de segurança a residências e comerciantes, havia também a distribuição de sinal clandestino de TV a cabo, venda de água e de gás, exploração de transporte alternativo, liberação de vias para shows (pagodes), cestas básicas, empréstimos de dinheiro a juros e serviços de moto-táxis.

Ao todo, o Ministério Público conseguiu a prisão de sete suspeitos de integrar a milícia em Mesquita, entre eles três PMs.

Outro suspeito de chefiar uma milícia e que foi candidato a vereador é o PM reformado conhecido como Cabral, que concorreu em São João de Meriti, também em 2016. Também não foi eleito. A milícia que ele comandava atuava nos municípios de Duque de Caxias, São João de Meriti e Belford Roxo. O grupo extorquia comerciantes da Baixada Fluminense em troca de suposta segurança. Praticava também roubo
de carros. 

Segundo o Ministério Público fluminense, a organização criminosa agia com grande violência, executando inimigos, e já chegou até a desfilar com suas vítimas algemadas por ruas e praças da Baixada antes de
matá-las.

Ao todo, 24 pessoas foram denunciadas suspeitas de participar desta milícia, entre elas dois PMs.

Vereador é réu em processo que vai julgar suspeitos de milícia

Um vereador de Queimados é réu em um processo que apura a existência de uma milícia no município, chamada de "Caçadores de Gansos".

De acordo com as investigações, os homens atuavam como um grupo de extermínio, decidindo “fazer justiça com as próprias mãos”. Em suas ações, eles se autodenominavam “justiceiros”, com o fim de eliminar traficantes de drogas e usuários ou dependentes químicos. vários homicídios na região são atribuídos ao grupo.

Ainda segundo as investigações, integrantes do bando são suspeitos dos assassinatos de Deivid Ramiro Ferreira, Bruno da Silva Perdigão e Fabio dos Santos Freitas. O motivo do crime, de acordo com o inquérito policial, seria a disputa entre milicianos e traficantes pelo controle de territórios.

O grupo tinha um perfil no Facebook através da qual eram divulgados seus crimes e nomes das próximas vítimas.

Para o ministro da Defesa, Raul Jungmann, o envolvimento do crime no processo eleitoral é preocupante
porque além de impedir a campanha de candidatos que não sejam apoiados por traficantes e milicianos,
representantes ligados a organizações criminosas podem
ser eleitos.
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