A cantora e dançarina Joyce Mattos trabalhou em algumas bandas de Salvador/BA, como Forrozão du Karaí, Terra Samba e Raggatoni. Desfrutou do reconhecimento de seu trabalho ao se tornar uma das morenas do grupo É o Tchan, posto que ocupou por cinco anos, onde coreografou as músicas mais recentes e preparou as colegas que adentravam na banda em sua fase atual.
Desde pequena respira música por conta do seu pai, que é baixista. Mesmo com o dom musical advindo da família, a artista evitou encarar os palcos com o microfone nas mãos, ganhando experiência na estrada, coreografando, dançando e participando de shows e performances em boates GLS (gays, lésbicas e simpatizantes), como eram chamadas as casas noturnas para LGBTQIA+ na época.
Ao mesmo tempo, participava de projetos cantando e também escrevia suas músicas. Cantou nas bandas Divas do Samba e Dueto. Assim que resolveu seguir os passos de cantora, estreou nos palcos da banda de arrochadeira Minaloka, onde lançou seu primeiro single, composto por ela mesma, "Treme Treme Paredão". Desde que saiu do projeto, lutou para construir seu próprio conceito e continuou compondo.
Atualmente está lançando sua nova música, "Bunda do Poder", que vem com o objetivo libertar as algemas pudicas de uma sociedade machista, conservadora e patriarcal, que julga com maus olhos uma mulher livre, solta, que se veste como quer, que fala do seu corpo, que expõe seus pensamentos e impõe sua feminilidade sem temer.
Saber que o corpo tem poder é nada mais do que um grito de guerra e resustência. "O corpo é meu, ele é maravilhoso do jeito que é, eu posso falar, tocar, enaltecê-lo e isso não significa que estou disponível", explica Joyce, dizendo que "Bunda do Poder" é seu primeiro trabalho autoral lançando sua carreira solo.
A artista atualmente gosta de ser chamada simplesmente de Joy. A artista deseja levar para o seu público muita dança, ousadia e ideologias em suas letras. Além do single, ela promete mais novidades para a melhor estação do ano. Como toda boa diva, ama shows performáticos e musicalmente é apaixonada por muitos estilos de sons e ritmos, incluindo o Pagode, Samba de Roda, Pop, Rock, Afro, Balada, Ragga e outras. "Não sigo uma única linha rítmica, mas desejo que o Brasil aceite meu som. Torço para que tenha bastante alcance e seja bem aceito pelo por todos e todas. Defini como um PagoPop", diz Joy, lembrando que a canção está disponível nas plataformas musicais digitais.