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Cresce o número de jovens afetados pela síndrome pós-covid

Sequelas podem durar 90 dias e Hospital Pedro Ernesto cria ambulatório especializado para tratamento

Por Portal Eu, Rio! em 24/01/2022 às 18:57:54

Pacientes com síndrome pós-covid participam de sessão de fisioterapia. Foto: Divulgação.

O Ambulatório multidisciplinar Pós-Covid-19 do Hospital Universitário Pedro Ernesto (Hupe-Uerj) criado para tratar pessoas infectadas pelo novo coronavírus e que sofrem da síndrome pós-covid registra crescimento no número de pacientes graves com idades entre 20 e 40 anos durante a segunda onda da doença, como Gabriel Campos, de 32 anos, que após 44 dias com a doença ficou debilitado a ponto de mal conseguir se levantar.

A unidade foi criada no final de maio de 2021 e até o final do ano passado realizou 424 consultas de primeira vez e 22.975 atendimentos. Um mesmo paciente, por vezes, passa por diversas especialidades. E o objetivo principal é fazer com que o paciente volte à rotina diária, com qualidade de vida.

Ouça no Podcast Eu, Rio! o depoimento do paciente Gabriel Campo sobre a doença que o atingiu, bem como o coordenador Renato Cunha sobre o trabalho do Ambulatório multidisciplinar.

A síndrome pós-covid

De acordo com Renato Cunha - coordenador das ações de Fisioterapia do Ambulatório Multidisciplinar Pós-Covid do HUPE-UERJ, a síndrome pós-covid é caracterizada pela persistência de determinados sintomas que ocorrem até 90 dias após o quadro infeccioso Agudo:

“Na fase aguda o paciente tem uma resposta inflamatória às vezes muito exacerbada. E essa resposta é que levou o grande número de óbitos”, explica Cunha..

Com a segunda onda da covid-19, os profissionais registraram a mudança do perfil dos doentes graves que chegavam ao ambulatório. Os doentes mais idosos deram lugar aos de menor idade:

"Antes, o vírus inicialmente atingia o pulmão. Agora, está atingindo a via aérea superior do paciente. Por isso está menos grave. Já o perfil dos indivíduos que chegavam inicialmente no ambulatório até julho de 2021 era de idade mais avançada, sofrendo da forma grave da doença e com sequelas. Esse perfil vem mudando. Na segunda onda, a gente vê um crescimento impressionante de jovens de 20, 30 e 40 anos de idade com a doença na forma grave.

Principais queixas

Renato Cunha revela que pacientes com síndrome pós-covid se queixam de tosse, falta de ar, distúrbio de equilíbrio, dificuldade de dormir e insônia. Como os sintomas são variados, o Hospital Pedro Ernesto inovou e criou o ambulatório multidisciplinar com todas as especialidades:

“O ganho para o paciente é muito grande porque tudo fica acelerado. E quanto mais rápida for a fisioterapia ela consegue intervir nas desordens do movimento, nas desordens respiratórias e nas desordens cardíacas, Isso melhora a recuperação.”

No ambulatório, o paciente conta com 5 especialidades:

  • Enfermagem;
  • Clínica Médica;
  • Fisioterapia;
  • Assistência Social;
  • Fonoaudiologia;
  • Nutrição;
  • Psicologia;
  • Cardiologia;
  • Pneumologia;
  • Neurologia;
  • Nefrologia;
  • Cirurgia Vascular;
  • Acupuntura;
  • Infectologia;
  • Pesquisa Pós-Covid.

O fluxo consideravelmente maior é de atendimentos em Fisioterapia.

São mais de 50 profissionais envolvidos nas 15 especialidades oferecidas. Mas, conforme aumento da demanda, um número maior de profissionais é alocado para este Ambulatório.

No total, o número de profissionais envolvidos é cerca de 120 profissionais, se contarmos os administrativos, segurança, limpeza, laboratório, envolvidos neste projeto.

A porta de entrada de pacientes é o Sistema Estadual de Regulação (SER) do RJ e também pacientes encaminhados via o próprio Hupe-Uerj.

Por Portal Eu, Rio!
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