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Vera Fischer celebra 55 anos de carreira e retorna à cena carioca

Atriz volta aos palcos no espetáculo "Quando eu for mãe quero amar desse jeito"

Por Moura Júnior em 30/01/2022 às 10:11:50

Carlos Costa

Na próxima quarta-feira (2), no Sesc Copacabana, estreia o espetáculo "Quando eu for mãe quero amar desse jeito". A peça traz no elenco a atriz Vera Fischer que celebra 55 anos de carreira e retorna ao teatro após quatro anos afastada. Vera é dona Dulce Carmona, uma septuagenária que recebe a notícia de que seu único filho, Lauro vai se casar com uma mulher que ela não conhece. A partir daí, a comédia mostra a luta de uma mãe obcecada para dar ao filho um futuro digno de sua “classe social”.

Em cena, os atores Mouhamed Harfouch e Larissa Maciel dividem o palco com Vera, construindo a trama que apresenta a guerra de uma sogra aristocrática contra a noiva do filho para manter a imagem da família. O autor Eduardo Bakr falou da sua história que expõe, de forma exagerada, as motivações dos personagens.

“A peça coloca uma lente de aumento sobre sentimentos e sensações de cada um dos personagens. Destaco no texto o exagero sobre os pensamentos, desejos e motivações”, contou Eduardo.

Conhecido pela direção de grandes musicais, Tadeu Aguiar completa 42 anos de carreira encenando uma comédia ácida. O diretor ressaltou que o espetáculo traz um olhar sobre diversos amores.

“Além do amor materno, há outros amores permeando a peça: o amor do filho pela mãe, do homem pela mulher, da mulher pelo homem, e, até, pelos filhos que poderão vir. Quando Eu For Mãe Quero Amar Desse Jeito mostra um pouco desse amor atávico, mais forte do que a gente”, detalhou Tadeu, que também está em cartaz com o musical "A cor púrpura".

Vale destacar que "Quando eu for mãe quero amar desse jeito" reúne três atores com trajetórias bem diferentes. Com recém completados 70 anos, Vera Fischer diz que ama fazer teatro e trabalhar.

“Minha vida não faz sentido sem trabalho. Eu preciso do trabalho. Sou independente. Quero trabalhar até meus 100 anos, quero fazer uma festa maior e melhor do que a dos meus 50! É isso! Eu sou daquele tipo de pessoa que todos os dias comemora a vida!", destacou Vera.

A atriz Larissa Maciel, lembrada até hoje pela interpretação da cantora Maysa, diz que sua personagem vai se revelando aos poucos.

“O público terá que decifrá-la. Estou trabalhando com a Vera Fischer pela primeira vez, e pela segunda com o Mouhamed. Nosso trio teve sinergia desde a primeira leitura e temos nos divertido muito nos ensaios”, revelou Larissa.

Já Mouhamed relembrou o momento em que pôde voltar a pisar no palco.

“Passa um filme na minha cabeça. A saudade do teatro era tanta, que quando o cenário chegou, parei e fui correndo brincar com os objetos de cena”, diz Mouhamed Harfouch.

Detalhes

O figurino de Dani Vidal e Ney Madeira busca acentuar a personalidade dos personagens, oferecendo apoio a suas transformações ao longo do espetáculo. Uma paleta que vai do tom nude ao bordô intenso, marca a trajetória de Carmona, sendo utilizada a mesma paleta em gradação inversa para Gardênia.

“Desta forma, buscamos posicionar gradativamente a noiva e futura esposa de Lauro, no lugar em que encontra Carmona, inicialmente”, contou Dani Vidal.

Ney contou alguns detalhes sobre a construção das cenas.

“Lauro se mantém em posição intermediária, mediando as duas intensas e queridas mulheres, marcado em tons de azul. Um contraste surpreendente será revelado na cena de casamento de Gardênia e Lauro, identificando os desejos reais das duas mulheres de sua vida”, adiantou o figurinista.

O cenário de Natália Lana ambienta o espetáculo em uma casa aristocrática com certa decadência.

“Apesar de à primeira vista termos um cenário realista, buscamos quebras e cortes que simbolizam a força da relação entre estas duas mulheres que não medem esforços para atingir seus objetivos. Optamos pela paleta de cores carregada no dourado e vermelho para enfatizar ainda mais esta força”, afirmou Natália.

A luz de Daniela Sanchez pretende manter a atmosfera de tensão constante. Com isso, é possível manipular quase que imperceptivelmente, através dos diferentes ângulos e recortes, as mudanças de cenas, num clima de mistério e suspense, sem perder a lado do humor ácido que a peça proporciona. A trilha sonora de Liliane Secco é toda original.

”Faço uso de instrumentos virtuais, recurso que dispensa a participação de músicos ao vivo”, concluiu Secco.

"Quando eu for mãe quero amar desse jeito" fica em cartaz entre os dias 2 a 20 de fevereiro deste ano, de quartas a domingo, às 19h. O Teatro arena do SESC Copacabana? fica localizado na Rua Domingos Ferreira, N. 160, em Copacabana, na Zona Sul carioca. Os ingressos custam R$ 7,50 (associados do SESC), R$15 (meia) e R$30 (inteira).

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