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Como os óleos essenciais podem contribuir para a sua saúde mental

Aromatologista explica quais óleos essenciais podem ser utilizados contra depressão, ansiedade e transtornos alimentares.

Por Portal Eu, Rio! em 31/01/2022 às 08:00:00

Aromatologista fala sobre a importância do olfato para o ser humano e como os aromas são percebidos e assimilados pelo indivíduo. Foto: Divulgação

A cada ano que passa, a campanha Janeiro Branco lança luz sobre as discussões que envolvem a saúde mental. O intuito é falar sobre distúrbios emocionais que acometem pessoas de diferentes faixas etárias e classes sociais. Além do estímulo ao diagnóstico e ao tratamento com profissionais da área, bem como psiquiatras, psicólogos e psicanalistas, terapias alternativas como a aromaterapia podem ser coadjuvantes no acompanhamento deste paciente.

Em seu livro “A incrível arte dos perfumes naturais”, a aromatologista Lígia Finotti fala sobre a importância do olfato para o ser humano e como os aromas são percebidos e assimilados pelo indivíduo. Ela destaca que este sentido está intimamente ligado às emoções e à memória, influenciando de forma significativa o comportamento das pessoas.

“O olfato está atrelado ao nosso instinto de sobrevivência desde os primórdios. Até hoje, de forma inconsciente, sempre que vamos comer alguma coisa, sentimos o cheiro primeiro.

Nós utilizamos o olfato como forma de nos certificarmos de que aquilo é seguro”, explica Lígia.

Segundo ela, isto ocorre pois o nervo olfativo está diretamente ligado ao hipotálamo, região do cérebro responsável por manter o organismo funcionando em equilíbrio. Ele atua na regulação da sede, apetite, temperatura, pressão arterial e é responsável pela produção de hormônios, como a ocitocina. Quando o corpo humano sente algum cheiro, ele é rapidamente captado pelo cérebro, que recebe um estímulo e ativa sensações.

“O hipotálamo funciona como se fosse uma grande central de transmissão para o nosso corpo. É por isso que o olfato é muito mais eficiente do que o paladar. O ser humano só consegue distinguir cinco sabores, ao passo que o olfato tem a capacidade de memorizar e de distinguir cerca de dez mil cheiros diferentes. Ele é muito mais complexo e muito mais completo do que o paladar”, comenta a aromatologista.

Quando o indivíduo busca terapias alternativas, como a aromaterapia, é isto que acontece com os óleos essenciais. “Quando eu inalo um desses óleos, eu envio um estímulo olfativo pro meu cérebro e o meu cérebro, por meio desse estímulo, vai secretar determinados hormônios. Os óleos essenciais calmantes, por exemplo, vão mandar estímulo pro cérebro para que o corpo produza hormônios de relaxamento, calma, e a pessoa sentirá seus benefícios”, destaca.

Lígia ainda complementa dizendo que o mais legal da aromaterapia é que ela vai funcionar como se fosse uma chave. “Ela dá um estímulo olfativo pro seu cérebro, e aí o seu corpo, através desse estímulo, vai produzir aquele hormônio que é necessário. É como se déssemos um aviso para o corpo”.

Aromas ideais para cada distúrbio

Assim como inúmeros medicamentos são extraídos das plantas, sendo encapsulados e ingeridos por nós, o processo com os óleos essenciais ocorre da mesma maneira. Lígia explica que os óleos essenciais são compostos por ativos naturais e esses ativos, quando captados pelo nosso nervo olfativo, são carregados ao hipotálamo e levados pelo cérebro, desencadeando processos de relaxamento, de estímulo à produção de encefalina e de outros compostos.

Quando associada à saúde mental, a aromaterapia é um apoio importante no cuidado da depressão e ansiedade, por exemplo. Entretanto, Lígia afirma que é sempre recomendado o acompanhamento multidisciplinar, incluindo profissionais da área qualificados. “É preciso utilizar a técnica como uma aliada ao tratamento tradicional. Ela servirá para auxiliar e complementar todo o processo daquele paciente”.

Hoje em dia, o aroma mais indicado para quem trata a depressão é o óleo essencial de lavanda. Óleos essenciais de rosa, camomila romana, ylang-ylang e cítricos como bergamota e laranja-pêra, também têm grande procura e resultados satisfatórios segundo a aromatologista. Essa técnica também vale para pessoas que sofrem com ansiedade pois estes aromas, quando inalados, têm o poder de acalmar e relaxar.

Já quem enfrenta distúrbios alimentares, Lígia destaca que os óleos essenciais mais comuns são os de hortelã-pimenta, grapefruit, canela e gengibre. “Todos eles ajudam a amenizar e aliviar a fome hedônica, que é aquela fome por compulsão”, explica.

O óleo essencial de hortelã-pimenta também é muito eficaz para casos de náuseas. Nestes casos, a ajuda é instantânea. Para déficit de atenção, a aromatologista indica os óleos essenciais de cedro, sândalo, vetiver e cravo da Índia.



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