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Após defender criação de partido nazista, apresentador Monark é demitido

Estúdios Flow anunciou a saída do apresentador na tarde desta terça-feira (8)

Por Moura Júnior em 08/02/2022 às 16:58:44

Imagem: Reprodução do Twitter

Na última segunda-feira (7), o apresentador de podcast Bruno Aiub, conhecido como Monark, defendeu a existência de um partido nazista no Brasil, provocou reações negativas nas redes sociais e acabou sendo demitido do Estúdios Flow. A fala ocorreu durante o programa "Flow" que, na ocasião, contava com a participação dos deputados federais Tabata Amaral e Kim Kataguiri. A repercussão do debate deixou o nome de Monark entre os assuntos mais comentados no trending topics do Twitter na tarde desta terça-feira (8). Principalmente, após ele ter publicado um vídeo se desculpando e dizendo que estava bêbado.

"Ó galera, eu queria fazer esse vídeo só para pedir desculpas mesmo porque eu errei. A verdade é essa. Eu tava muito bêbado e eu fui defender uma ideia que é uma ideia que acontece em outros lugares do mundo. Nos Estados Unidos, por exemplo. Mas eu fui defender essa ideia de um jeito muito burro. Eu tava bêbado. Eu falei de uma forma muito insensível com a comunidade judaica. E, peço perdão, tá ligado! Pela minha insensibilidade. Mas eu peço também um pouco de compreensão. São quatro horas de conversa, eu tava bêbado, fui insensível sim. Errei na forma como eu me expressei. Da a entender que tô defendendo coisas abomináveis, é uma merda! Errei pra car... Eu não sei... Peço compreensão aí de vocês, mesmo. E peço desculpas a toda comunidade judaica. Desculpa mesmo! Não queria ser insensível, não foi minha intenção", disse o apresentador.

Apesar do pedido de desculpas, ainda na tarde desta terça (8), o estúdio emitiu uma nota informando a demissão de Monark.

Imagem: Reprodução do Instagram

Além disso, figuras públicas e entidades judaicas se pronunciaram e repudiaram o posicionamento de Monark. Pelo Twitter, nomes como advogada Gabriela Prioli, o ex-juiz federal Sérgio Moro, o ministro do Supremo Gilmar Mendes e o ex-jogador Juninho Pernambucano usaram seus perfis para criticar a fala.

Imagem: Reprodução do Twitter

Imagem: Reprodução do Twitter

Imagens: Reprodução do Twitter

Além das críticas, algumas marcas que patrocinavam o podcast "Flow" também publicaram notas de repúdio sobre o episódio.

Imagem: Reprodução do Twitter

Assim como, a CONIB (Confederação Israelita do Brasil) condenou o pensamento do apresentador. Em nota, a entidade relembrou as atrocidades cometidas pelo partido nazista na Alemanha.

"A CONIB (Confederação Israelita do Brasil) condena de forma veeemente a defesa da existência de um partido nazista no Brasil e o “direito de ser antijudeu”, feita pelo apresentador Monark, do Flow Podcast. O nazismo prega a supremacia racial e o extermínio de grupos que considera “inferiores”. Sob a liderança de Hitler, o nazismo comandou uma máquina de extermínio no coração da Europa que matou 6 milhões de judeus inocentes e também homossexuais, ciganos e outras minorias. O discurso de ódio e a defesa do discurso de ódio trazem consequências terríveis para a humanidade, e o nazismo é sua maior evidência histórica", publicou a entidade.

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