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Juri condena cinco milicianos por morte de um homem que não pagou 'taxa de segurança'

Também foram condenados pela tentativa de assassinato de outro homem

Por Portal Eu, Rio! em 13/02/2022 às 14:11:17

Foto: Divulgação

O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), por meio da 2ª Promotoria de Justiça junto à 4ª Vara Criminal de Nova Iguaçu, obteve no Tribunal do Júri a condenação de cinco milicianos pelo assassinato de um homem e pela tentativa de assassinato de outro, em novembro de 2017, em Nova Iguaçu. O Juízo fixou penas que variam de 17 a 23 anos de prisão pelos crimes.

O Júri durou três dias, tendo sido iniciado na quarta-feira (09/02) e finalizado às 23h da sexta-feira (11). O promotor de Justiça responsável pela acusação, Bruno de Faria Bezerra, teve escolta do Grupo de Apoio aos Promotores (GAP) durante todo o julgamento.

Foram condenados Natanael de Oliveira Gonçalves, vulgo Niel; Paulo José Lírio Salviano, vulgo Salviano; Daniel Alex Soares da Silva, vulgo Escobar; André Lemos da Silva, vulgo Lemos; e Marcos Paulo Bento de Souza, vulgo Marcos Maluco. O chefe da milícia, Márcio Lima da Cunha, vulgo Zebu, teve o processo desmembrado, pois sofreu um AVE (acidente vascular encefálico) e por isso não pôde ser julgado.

A denúncia oferecida pelo MPRJ à Justiça descreveu que o grupo criminoso instituiu o poder paralelo da milícia em uma região de Mesquita, na Baixada Fluminense, passando a cobrar taxas de segurança de moradores e comerciantes, além de monopolizar ilegalmente a exploração de diversos serviços. Foi justamente pela recusa ao pagamento dessa "taxa de segurança" que os milicianos cometeram o homicídio e a tentativa qualificada de homicídio pelos quais foram condenados.

O Crime
De acordo com a denúncia, ‘Zebu’ e 'Niel' compareceram ao estabelecimento de uma das vítimas exigindo o pagamento de uma quantia a título de garantia de segurança, o que foi imediatamente negado pelo comerciante. Dias depois, a vítima recebeu ligação telefônica de 'Salviano', marcando um encontro para que pudessem conversar sobre a cobrança.

No dia marcado, o comerciante compareceu ao local, acompanhado de um amigo. Neste momento, os milicianos desceram de um automóvel e efetuaram diversos disparos de arma de fogo contra as vítimas. O comerciante foi ferido e sobreviveu, mas a homem que o acompanhava não resistiu aos ferimentos.

Fonte: MPRJ

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