Portal de Notícias Administrável desenvolvido por Hotfix

Turbo ligado

Senado acelera articulação por desconto nos combustíveis

Pacheco pauta votação nesta quarta (16/2) de ICMS fixo e fundo de estabilização para petróleo e derivados


Combustíveis alimentaram a fogueira da inflação, que bateu os 10% e foi a mais alta desde 2015. Foto: Ascom IBGE

Os senadores poderão votar nesta quarta-feira (16) dois projetos que buscam reduzir o preço dos combustíveis. O primeiro "congela" o ICMS (PLP 11/2020) e o segundo cria um fundo de compensação para segurar aumentos (PL 1.472/2021). Segundo o relator, Jean Paul Prates (PT-RN), se aprovadas, as propostas reduzirão em R$ 0,60 o litro dos combustíveis e R$ 10 o botijão de gás. Mas o vice-líder do governo, Carlos Viana (MDB-MG), antecipou que não há acordo para a votação do "colchão" contra alta do dólar e petróleo. Já o outro vice-líder do governo, Marcos Rogério (MDB-RO), descartou a votação da proposta que isenta combustíveis, gás e energia elétrica de impostos por dois anos e ainda cria vale-gás e vale-diesel.

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, afirmou que os dois projetos com objetivo de estabilizar o preço dos combustíveis estão “maduros” para votação do Plenário nesta quarta-feira (16/2). Durante coletiva nesta terça-feira (15), Pacheco informou que a apresentação de emendas às propostas poderá ser feita até a tarde, para que os senadores possam contribuir com a “melhor edição possível”.

— Então eu acredito muito que amanhã, na sessão do Senado, nós vamos ter esses dois projetos maduros para uma apreciação do Plenário e deixar o Plenário, obviamente, decidir se deve aprovar ou não e em que formas devem ser aprovados. E uma vez aprovados, encaminhar à Câmara dos Deputados, porque, de fato, essa situação alarma toda sociedade brasileira e nós precisamos dar uma resposta. O preço dos combustíveis está cada vez mais alto, valores realmente exorbitantes e isso pressiona muito a inflação — declarou.


Pacheco disse ainda que a reunião de líderes, que ocorreu na segunda-feira (14), foi “muito produtiva”. De acordo com ele, todos estão empenhados em colaborar com o trabalho do relator, senador Jean Paul Prates (PT-RN).

— Foi uma reunião muito produtiva, com a participação de diversos líderes, muitos opinando em relação a diversos institutos que estão ali contidos, desde a alíquota de ICMS, passando pela monofasia tributária, a conta de estabilização que está materializada no projeto do senador Rogério Carvalho, a discussão sobre a pertinência ou não de um imposto de exportação. Tudo isso foi muito debatido na reunião de líderes, e o senador Jean Paul assimilou diversas ideias — acrescentou.

Ouça no podcast do Eu, Rio! a reportagem de Hérica Christian, da Rádio Senado, sobre as divergências entre governo e oposição na análise e tramitação dos projetos que tentam reduzir os preços de gasolina, diesel, gás de coinha e energia elétrica.

Os dois projetos de lei — PL 1.472/2021 e o PLP 11/2020 — com objetivo de reduzir o preço dos combustíveis são relatados por Jean Paul Prates e estão na pauta desta quarta. O PL 1.472/2021, do senador Rogério Carvalho (PT-SE), cria um fundo para estabilizar o preço do petróleo e derivados e estabelece uma nova política de preços internos. Já o PLP 11/2020, oriundo da Câmara, determina um valor fixo para a cobrança do ICMS sobre os combustíveis.



TSE aguarda consulta do Executivo para decidir se desconto na gasolina fere lei eleitoral

Rodrigo Pacheco também informou que participou de reunião com o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Roberto Barroso, a convite do Ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, para consulta sobre o risco de as propostas de redução do preço dos combustíveis entrarem no rol de benefícios que podem ferir a legislação eleitoral.

De acordo com Pacheco, o TSE aguarda uma consulta formal do Poder Executivo sobre o assunto. No entanto, assegurou que Legislativo avançará em busca de uma solução para o problema da alta dos combustíveis.

— De qualquer forma, enquanto há esse impasse, esse dilema do Poder Executivo em relação à lei eleitoral, o que cabe ao Congresso Nacional é avançar na solução de todos esses problemas, de todos esses projetos e, lá na frente, nós fazermos uma avaliação sobre a consequência disso sob o ponto de vista eleitoral. O que nós não podemos é engessar o trabalho do Legislativo neste momento, sob a expectativa, sob a perspectiva de haver qualquer tipo de vedação. E é natural também que o relator indicado a cada uma dessas matérias possa aferir a constitucionalidade e a pertinência de cada uma delas e o Plenário será soberano para decidir também a respeito desse tema.

Além de Pacheco e Barroso, participaram do encontro os ministros Ciro Nogueira (Casa Civil) e Bruno Bianco (Advocacia-Geral da União), além do presidente da Câmara, Arthur Lira.









Portal do Senado

Combustíveis ICMS Inflação Senador Jean Paul Prates Senador Rodrigo Pacheco Senador Rogério Carvalho Tribunal Superior Eleitoral Tributação TSE

Assine o Portal!

Receba as principais notícias em primeira mão assim que elas forem postadas!

Assinar Grátis!

Assine o Portal!

Receba as principais notícias em primeira mão assim que elas forem postadas!

Assinar Grátis!