Jogadores de futebol brasileiros que atuam na Ucrânia, acompanhados de mulheres e crianças, enviam mensagens pelo Instagram com pedido de ajuda ao governo federal para saírem do país nesta quinta-feira (24) após os ataques russos ao país.
Guilherme Smth atua no time do Zorya, clube sediado em Luhansk, região alvo das operações russas nesta manhã. Ele disse que os brasileiros acordaram com o som dos tiros:
“A situação está muito difícil e pedimos ajuda de vocês para compartilhar esse vídeo”, disse.
Na mesma mensagem, os jogadores pedem para que o vídeo alcance o máximo de pessoas possíveis e todos possam compartilhar e fazer chegar no Brasil para que o governo brasileiro possa ajudar nesse momento tão difícil.
Revelado nas categorias de base do Botafogo do RJ, Guilherme Smith tem 18 anos e atuou apenas uma vez no campeonato ucraniâno da última temporada. Ao lado de outros companheiros do time, no vídeo ele revela que tentou sair do país, mas as fronteiras estão fechadas:
“Também estamos sem notícia nenhuma aqui. Só dizem para que a gente fique tranquilo. Não temos como ficar tranquilos numa situação dessa”, disse uma brasileira.
Alguns jogadores que estão em um hotel em Kiev, acompanhados da família, também se manifestaram no Instagram quanto a situação da Ucrânia. O zagueiro Marlon Santos esteve nas categorias de base do Fluminense (RJ. Tem 26 anos e é jogador do Shakhtar Donetsk, escreveu em seu perfil no instagram que “Estamos vivendo um ‘Kaos’. Estamos tendo apoio do nosso clube. Mas o desespero é agonizante e esperamos um apoio do nosso país. Falamos em nome de todos os brasileiros na Ucrânia”.
Segundo a agência de refugiados da ONU, a situação na Ucrânia está se deteriorando rapidamente. A Organização pede que os países vizinhos da Ucrânia mantenham as fronteiras abertas, pois pessoas e vítimas estão rumando em massa para outros territórios.
A Polônia criou pontos de recepção na fronteira. De acordo com o Ministério da Saúde polonês, os hospitais são preparados para receber os feridos.
Outros países fronteiriços também preparam o campo para receber os ucranianos. A Hungria e a Eslováquia dizem que estão prontas para receber os refugiados e estão enviando tropas extras para gerenciar o provável influxo em passagens adicionais estabelecidas em suas fronteiras com a Ucrânia.
O primeiro-ministro da Eslováquia, Eduard Heger, pediu: "Por favor, tenhamos compaixão e compreensão por eles".
A Alemanha também ofereceu ajuda humanitária a países que fazem fronteira com a Ucrânia.