Passados 16 dias após a forte chuva em Petrópolis, a Prefeitura intensifica as buscas por cinco pessoas que ainda estão desaparecidas e apoia o Corpo de Bombeiros na operação. Nesta quinta-feira, 150 militares se somaram aos trabalhos no Morro da Oficina, Chácara Flora e ao longo do Rio Quitandinha. Desde 15/2, a Polícia Civil contabilizou 232 óbitos, sendo 138 mulheres, 94 homens e 44 menores. A Secretaria Municipal de Assistência Social mantém o atendimento a 1.007 pessoas que perderam suas casas.
Já a Secretaria Municipal de Defesa Civil trabalha nas vistorias das áreas afetadas com todo o efetivo destacado para o atendimento das mais de 4.117 ocorrências, das quais a maior parte foi causada por deslizamentos. Até o momento, mais de 2,2 mil vistorias estão em andamento com as equipes formadas por engenheiros, geólogos e técnicos de outras áreas. Nesta quinta-feira (3), os agentes fizeram avaliações em diferentes localidades do 1? Distrito, onde se concentram os registros de danos.
Durante a manhã, agentes da Defesa Civil atuaram no atendimento aos casos de urgência, principalmente em áreas com urgência e em seguida realizaram vistorias pontuais em residências, incluindo 44 localidades por toda a cidade. “Orientamos a população que respeite as recomendações e não permaneça nos locais de risco, que estão sendo interditados”, reforça o secretário de Defesa Civil, Tenente Coronel Gil Kempers.
Abrigos temporários
As 1.007 pessoas que estão no momento nos abrigos temporários recebem todo o suporte da Prefeitura para alimentação, higiene pessoal, assistência social, saúde, atendimento psicológico. Também são desenvolvidas atividades educativas e recreativas com as crianças.
No momento, as pessoas obrigadas a sair de suas residências por conta de danos causados pelas chuvas continuam a ser acolhidas em escolas das redes públicas e em estruturas voluntárias montadas nas sedes de diferentes organizações.
Todas as pessoas que precisaram recorrer aos pontos de apoio por não ter onde morar, terão direito ao aluguel social no valor de R$ 1 mil. Desabrigados têm prioridade e já foram cadastrados por equipes da Prefeitura.
Pontos de apoio:
- Pontos administrados pela Prefeitura: Escola Germano Valente; E.M. Papa João Paulo; E.M. Dr. Rubens de Castro Bomtempo; E.M. Duque de Caxias; E.M. Joaquim Deister; E.M. Alto Independência; E.M. Rui Barbosa; E.M. Geraldo Ventura Dias; E.M. Maria Campos; E.M. Bom Jesus; E.M. Carlos Demiá; E. Nossa Sra. da Gloria; E.M. João Batista; CEI Chiquinha Rolla; E.C. Santo Antônio; Paróquia Santo Antônio;
- Pontos voluntários nas comunidades: Igreja Assembleia de Deus Ministério Nação; Igreja Videira; Quadra Oswaldo Cruz – PSF; Clube Palmeiras.
Mais de 50 mil toneladas de resíduos
Após duas semanas de trabalho ininterrupto, o Governo do Estado já contabiliza 56 mil toneladas de resíduos retirados de vias e encostas da cidade. Além da limpeza pública da cidade, as equipes e os maquinários coordenados pela Secretaria de Infraestrutura e Obras auxiliam nas buscas pelos corpos em vários pontos da cidade. No Rio Quitandinha, os militares usam retroescavadeira na tentativa de achar desaparecidos.
Centenas de vias precisaram de limpezas e cerca de 20 ficaram totalmente destruídas, como a Estrada Mineira, Curva do S e as ruas Teresa, do Imperador, Ceará, Bahia. Locais importantes da Cidade Imperial ficaram intransitáveis por conta da grande quantidade de lama, árvores e lixo espalhado em área pública. Comunidade Vitória, Vila Felipe, Correias, Castelânia, Morin, dentre outras localidades, foram fortemente atingidas e agora estão com seus acessos liberados.