Amanda Reintebach, terminou seu Doutorado em Neuroengenharia na Alemanha e criou uma Instituição de Ensino de Cerveja do zero a partir de um projeto de pesquisa, o Science of Beer Institute, que hoje é uma das maiores do segmento.
Na instituição, fundada em 2010 e que já formou mais de 2 mil alunos, Amanda emprega e oportuniza que outras mulheres estudem e trabalhem com cerveja. No último ano foi responsável pelo primeiro concurso de cerveja internacional com uma organização e curadoria feminina, o Brasil Beer Cup.
Neste mesmo projeto inovador, ela promoveu a equidade de gênero ao selecionar mulheres para compor 50% do corpo de jurados de cerveja, contrariando um mercado composto majoritariamente pela figura masculina.
“Depois de receber muitos 'nãos', decidi por fazer a diferença com minhas próprias mãos e, a partir disso, dar espaço para que as mulheres competentes do mercado cervejeiro estejam em posições de igualdade. Ainda não é fácil e essas bandeiras ainda assustam e afastam muita gente, mas seguirei nesta luta, pois sei que são essas ações estruturais que realmente podem proporcionar mudança no setor", afirma Amanda.
Em 2021, Amanda também desenvolveu uma tecnologia exclusiva e patenteada que consiste em um kit de aromas elaborado para treinamento sensorial e que pode ser utilizado para fisioterapia de recuperação de olfato, o Aroma Sensory Training.
Amanda afirma que a inovação vem de sua experiência nos laboratórios e sala de aula. “Ensinar cerveja e fazer ciência sendo mulher ainda é uma grande dificuldade no Brasil. O que me motiva é ver outras mulheres crescendo comigo e reescrevendo a história do nosso mercado a partir da ciência", revela.
A empreendedora diz que ainda recebe muitas críticas e passa por muitos preconceitos por parte do público masculino. “Um homem não precisa estudar ou se esforçar tanto como uma mulher para conquistar uma posição no mercado", lamenta.